Em 14 de junho, por email, o ministro Silvio Almeida confirmou presença no 1º Encontro Progresso dos Games no Brasil, que terá a formação da Rede Progressista de Games (RPG), grupo responsável pela formulação da cartilha Lula Play que teve participação deste Drops de Jogos.
A presença do ministro de Direitos Humanos e Cidadania no encontro é fundamental por algumas razões.
Nas entrevistas mais recentes, Almeida relatou que considerou equivocada a fala de Lula associando games com violência. Por isso, como seu ministro, entrou em contato com o presidente da República. O presidente relatou que até seus filhos se mostraram contrários a declaração.
E Lula mostrou que não esqueceu da cartilha Lula Play, entregue durante a campanha, e a encaminhou para Almeida.
As outras razões envolvem a própria atuação de Silvio Almeida no governo Lula e seu conhecimento de videogames e cultura pop. No Congresso, o ministro manifestou que o setor de jogos é campo frutífero para o crescimento da extrema direita. E que há uma estrutura organizada de ataques misóginos contra mulheres e minorias nesse segmento.
Em outras palavras: Pela ausência de politização e de inclusão, o setor de games virou um celeiro de bolsonaristas.
Não é à toa essa situação. Jair Bolsonaro, o ex-presidente envolvido em uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, fez acenos para a cena brasileira de jogos fazendo quatro reduções de impostos. Reduções de impostos que não adiantaram em nada com o dólar batendo seis reais.
Bolsonaro também desmontou os editais públicos e tem um de seus filhos envolvido em controvérsias nos eSports.
O ministro Silvio Almeida pode ser um importante agente de incentivo ao setor, pensando em campanhas pelos direitos humanos e pela inclusão de minorias nesse segmento, como é o caso da PerifaCon. Almeida pode juntar forças com Geraldo Alckmin, ministro da Indústria, que já deu importantes acenos ao setor via Apex. Aloizio Mercadante, o presidente do BNDES, também pode contribuir nesse time.
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E também temos no cenário o retorno dos editais diretos ao setor por decreto da Lei Paulo Gustavo, que está sendo gerido pelo ministério da Cultura de Margareth Menezes. Os atores políticos do governo Lula precisam enxergar os games como ativo cultural, tecnológico e interministerial.
Silvio Almeida no 1º Encontro Progresso dos Games no Brasil é um importante primeiro passo nesse sentido.
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