Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
Escrevo este texto em condições um pouco precárias, mas clássicas no jornalismo: Umas quatro horas de sono, telefonemas dados, portadas na cara e muito trabalho a se fazer. Ontem, no entanto, a cena brasileira de jogos teve uma vitória efetiva: por unanimidade, a comissão de Educação e Cultura do Senado Federal votou pelo Marco Legal dos Games.
Orgulhosamente este Drops de Jogos buscou fazer a melhor cobertura jornalística sobre o assunto. Assumindo uma postura assim que tivemos as informações: O Marco Legal sofreu uma tentativa de infiltração dos fantasy games, que nada mais são do que apostas esportivas disfarçadas.
A ABFS e as entidades dos fantasy continuam a negar essa afirmação, mas a manobra deles é declaradamente mentirosa. E não foi o Drops de Jogos o primeiro a denunciar essa manobra.
Um dos primeiros a colocar corretamente os fantasy em sua caixa foi o desenvolvedor Márcio Filho, presidente da RING, a associação regional de devs do Rio de Janeiro.
Infelizmente a cobertura jornalística até do site oficial do Senado mantém a tese que os fantasy games seriam algo diferente das apostas. Nós republicamos aqui muitos dos textos oficiais, mas fazemos essa ponderação.
Jornalismo não é meramente sobre ouvir os dois lados. A ABFS tem posicionamentos conhecidos. A tarefa do jornalismo, nesses casos, é sim de se posicionar.
E dizer quem está mentindo.
Se a empreitada deles fosse adiante, a regularização de todo o setor de videogames, inclusive dos desenvolvedores, sofreria danos irreperáveis.
Felizmente as associações regionais, os acadêmicos e os especialistas impediram uma aberração de crescer dentro do Congresso Nacional. E o governo Lula, corretamente, acompanha a matéria que irá para aprovação do presidente.
Em tempo: Agradeço ao Henrique Sampaio, ao pessoal do Overloadr, Meteoro Brasil, IGN Brasil e até ICL Notícias por repercutirem a nossa cobertura, entre outros companheiros que provavelmente esqueci não de maneira intencional.

Márcio Filho. Foto: Reprodução/YouTube
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.