Por Pedro Zambarda.
Fala pessoal, tudo bem?
Este é um post que eu vou falar sobre um assunto chato: Dinheiro. Ou a falta de dele. Mas vocês pode ajudar inclusive sem desembolsar nem um real da sua carteira. Eu odeio o título deste texto. Mas ele vai direto ao ponto.
E, antes de falar sobre dinheiro, quero contar a história que tenho com o Drops de Jogos.
O DJ surgiu em uma série de reuniões que tive em 2015. No começo, tinham mais pessoas envolvidas, que foram fundamentais para dar o pontapé inicial do projeto, eu ajudei dando o nome e muita gente atualizou o site mais até do que eu. Estava recém-saído do TechTudo, da Globo, e não tinha certeza se o projeto daria certo.
Meses antes, tinha começado a trabalhar cobrindo política e sabia que isso cobraria o preço pelos meus posicionamentos, por assuntos que muitas vezes a comunidade gamer rejeita. No entanto, ao mesmo tempo, havia uma mobilização contra o GamerGate, havia a luta de mulheres feministas por inclusão nesse cenário e achava interessante existir um site de notícias posicionado para conversar com essa comunidade. Anos depois, também floresceu o cenário de devs pretos e vi muitos espaços, inclusive de notícias, crescerem. A PerifaCon, para citar um nome, é um excelente exemplo de evento neste setor.
Qual era a ideia do Drops de Jogos? Notícias rápidas, quentes, e com um foco especial para o desenvolvedor de jogos indie brasileiro, que muitas vezes tem dificuldades inclusive financeiras para divulgar o seu game.
Claro que o cardápio de postagens incluem o cenário internacional, mas a ideia era justamente favorecer empreendedores que precisam de mais espaço. Eu não tenho certeza se conseguimos atender sempre da melhor forma, mas sempre fiz um esforço nesse sentido.
A partir de 2016, eu passei a assumir de fato as atribuições de editor que tenho aqui no DJ e fiz um esforço pessoal para deixar o site o mais atualizado possível. No começo, éramos parceiros do portal Catraca Live. Posteriormente, promovemos uma revista, tivemos os nossos posts compartilhados em uma rede social finlandesa e fiz o máximo de parcerias que pude.
Naquele mesmo segundo ano, o site começou a dar receitas pequenas. Insuficientes para pagar mesmo o meu trabalho ou de sócios, mas suficientes para me fazer aprofundar a busca nesse cenário.
Nos anos de 2016, 2017 e 2018, fizemos viagens internacionais aos Estados Unidos na E3. E, através de desenvolvedores e outros parceiros, recebemos conteúdos de outras feiras americanas e até de eventos europeus.
Não estou falando todas essas coisas para me gabar. Tem gente muito mais competente nesse cenário do que o Drops de Jogos. No entanto, modestamente, eu tenho muito orgulho do que conquistamos.
Em 2019, o site enfrentou problemas técnicos enormes e quase saiu do ar. Tinhamos parceiros multimídia, como a Rádio Geek, e uma porção de complicações internas. Alguns telefonemas do corpo técnico do Portal Uai, do jornal Estado de Minas, salvaram o nosso banco de dados e nos colocaram no site deles.
Não só ganhamos acesso ao portal, como passamos a contar com uma receita constante de anúncios e, futuramente, com negociações de publieditoriais. Nesse mesmo período, elaboramos também uma vaquinha digital no Padrim, que teve alguns meses de meta básica batida – e que também tem metas mais ambiciosas que, por enquanto, não foram viabilizadas.
Com a mudança entre governos Temer, Bolsonaro e, agora, Lula, o Drops de Jogos também não teve medo ou vergonha de se posicionar politicamente. Na campanha da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estivemos nos bastidores e em público assinando a cartilha Lula Play, pedindo políticas públicas para os pequenos desenvolvedores, e formando a Rede Progressista de Games, a RPG, que recebeu ministros de Estado em sua estreia.
Pagamos o preço por nossos posicionamentos. Poderíamos ter nos calado em nome de um público que não gosta de política ou de políticos. Poderíamos também temer processos na Justiça. Nunca tiramos o pé do acelerador nisso, acreditando que outras pessoas precisam desse espaço, não só quem publica as notícias ou os vídeos.
E a situação do site e de seus braços não mudou muito. Basicamente temos uma receita levemente inferior a um salário mínimo (R$ 1.302), contando os publieditoriais que são fechados e que não são frequentes. Sem as publis, a página não gira nem mesmo a metade desse valor – com este que vos escreve dedicado diariamente.
Houve dois meses neste ano que o valor ultrapassou um salário mínimo por razões de audiência, mas não o suficiente para o pagamento de freelancers. Não existe apoio governamental ou político. Quem trabalha comigo sabe que sou transparente na prestação de contas. Tivemos colaboradores que depois entraram no cenário de games em outros postos ou tornaram-se jornalistas em outros sites e portais.
Temos boas parcerias com algumas empresas que nos permitem permutas de códigos de games e alguns acessórios. Mas não há um grande anunciante na página.
Se a situação permanecer desta forma, a motivação para manter atualizações, que já chegaram a 30 posts por dia, encontra-se comprometida.
Drops de Jogos não é um hobby e sim uma empresa que precisa gerar receita para manter suas atualizações.
Por isso, vou elencar abaixo formas que você pode ajudar com o Drops AGORA.
Você pode ajudar o Drops de Jogos AGORA
Uma grande falha no nosso projeto inicialmente foi não ter visto o YouTube ou a Twitch como uma plataforma para dedicação maior. Isso só realmente mudou em 2019, com uma grande batalha para monetizar no YouTube.
Estamos monetizados no YouTube! Então uma forma de ajudar AGORA, sem gastar um centavo, é se inscrever no canal, ativar o sininho e assistir aos vídeos.
Só de assistir os vídeos, você contribui para aumentar a nossa receita e conhece jogos brasileiros e se atualiza sobre as notícias.
Dentro das lives e dos vídeos, você pode contribuir financeiramente usando seu cartão de crédito ou cartão de créditos do Google a partir de R$ 1. Para fazer isso, basta enviar um “Superchat” na live ou o recurso “Valeu Demais” (o coração com cifrão embaixo do vídeo). Essas são formas monetizadas de ajudar o Drops de Jogos no YouTube.
Ver vídeos no YouTube e acessar o nosso site (http://dropsdejogos.uai.com.br) ajudam a rodar nossas receitas.
A outra forma de ajudar é por nossa vaquinha virtual através do Padrim. O valor mínimo é de R$ 1 por mês no cartão de crédito [a ser cobrado no dia 25] ou boleto bancário. A meta da vaquinha é de R$ 500 para manutenção básica da página e de suas iniciativas.
Se a meta for dobrada para R$ 1 mil mensais ou até R$ 2 mil, é possível contratar freelancers para abastecer as redes sociais e o site.
Nossos números
- O site tem, dentro do Portal Uai, 13,5 milhões de acessos. O portal afirma que somos um dos parceiros mais proativos entre as páginas dos Diários Associados;
- Antes do Uai, acredita-se que o Drops de Jogos acumulou entre 26 e 30 milhões de pageviews. Os dados são tanto do próprio WordPress quanto do Google Analytics – e o Uai revisa constantemente essas informações;
- No Instagram, graças aos vídeos Drops História dos Jogos, chegamos em um milhão de pageviews;
- Entre os apoiadores do Drops de Jogos no Padrim, há empresas de desenvolvimento de jogos que foram premiadas no BIG Festival e até por portais como o IGN Brasil.
Uma live para tirar a dúvida de vocês
Vamos entrar ao vivo no YouTube nesta terça (5) para conversar sobre o futuro do site às 21h30. Você pode contribuir para o projeto vendo, discutindo conosco e ajudando financeiramente em todos esses canais abertos de contribuição. Contribuições mais generosas rendem códigos de jogos, livro e acesso à nossa redação via WhatsApp.
Trato de parcerias no WhatsApp (55) 11 994800974.
Obrigado a todos que leram o texto até aqui.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.