A deputada federal Carla Zambelli (PL) esgotou recursos e perdeu a ação que movia contra a Globo e os jornalistas Andréia Sadi, Octavio Guedes, Marcelo Lins e Daniel Rocha por causa de uma entrevista do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva.
O último recurso foi julgado pela 3ª Turma Recursal do TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) no início de novembro e foi negado, sem caber recurso. O caso foi arquivado no último dia 24.
Carla pedia que os jornalistas fossem responsabilizados pelas falas de Saraiva, que a acusou de apoiar atividades ilegais na Amazônia e usou termos como “bandida” e “marginal” para defini-la.
O estopim da batalha judicial se deu em 14 de junho de 2022, quando a entrevista foi realizada ao vivo no Estúdio i, da GloboNews. Na ocasião, o programa repercutia o caso do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, mortos em maio de 2022.
Além de Zambelli, Saraiva listou Zequinha Marinho (Podemos-PA), Telmário Mota (Solidariedade-RR), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Jorginho Mello (PL-SC) como políticos que supostamente apoiavam o garimpo ilegal.
“Temos uma bancada do crime, na minha opinião, uma bancada de marginais. Para mim, são bandidos, até pela forma como se comportaram quando eu fui convidado para ir a uma audiência”, afirmou o delegado. Ele se referia à visita que fez ao Congresso, dias antes de a entrevista acontecer, após apresentar uma queixa-crime contra o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Zambelli defendeu Salles.
Com informações de Gabriel Vaquer, no F5 da Folha de S.Paulo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.