Ancine anuncia, além de novo edital, apoio para devs em eventos internacionais - Drops de Jogos

Ancine anuncia, além de novo edital, apoio para devs em eventos internacionais

Release divulgado à imprensa no dia 5 de maio. Ele segue estas diretrizes de divulgação do Drops de Jogos.

Foto: Divulgação

Na manhã da sexta-feira, 5 de maio, a ANCINE (Agência Nacional do Cinema) anunciou, em seu escritório regional em São Paulo, os vencedores de seu primeiro Edital de Jogos Eletrônicos, feito em parceria com a Abragames. Esta foi a primeira iniciativa da ANCINE voltada ao investimento na indústria de videogames nacional. Serão injetados R$ 10 milhões em 23 projetos do país todo. Foi anunciado também o próximo Edital, que será aberto na próxima segunda-feira, dia 8 de maio, também de R$ 10 milhões.

A cerimônia foi apresentada por Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE, junto com os parceiros Eliana Russi, gerente executiva da Abragames (Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais), Luciane Gorgulho, chefe do departamento de cultura do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e Mariana Gomes, representante da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

“Estamos desde 2011 trabalhando para que o setor de jogos eletrônicos fosse reconhecido no Brasil”, declarou Eliana Russi, gerente executiva da Abragames e do Projeto Brazilian Game Developers, e também um dos membros da comissão que selecionou os projetos vencedores. “E o exemplo que a Ancine deu, colocando um valor de investimento de R$ 10 milhões logo no primeiro Edital, e já anunciando o segundo Edital, também de R$ 10 milhões, marca um momento histórico, é uma revolução na indústria de games do Brasil”.

Eliana disse, ainda, que, para uma instituição como a Ancine, agência que regula todo o setor audiovisual nacional, ter reconhecido o poder da produção nacional de jogos representa “algo muito maior do que podemos imaginar”. Para ela, ter este reconhecimento oficial irá transmitir para o resto do mundo todo o potencial dos jogos brasileiros, e que isso irá “gerar uma confiança ainda maior do mercado internacional” e que isso irá atrair mais investidores e publishers estrangeiros.

No total, foram 123 projetos inscritos, de todas as regiões do país. Os estados que mais inscreveram projetos foram São Paulo (com 32), Rio de Janeiro (com 20), Bahia (com 10) e Rio Grande do Sul (também com 10). Mas, diferentemente do que ocorre com outros setores do audiovisual, as empresas desenvolvedoras de games no País não estão concentradas apenas no eixo Rio-São Paulo. Houve, por exemplo, 9 projetos enviados de Pernambuco, 9 do Paraná, 8 de Minas Gerais, 8 de Santa Catarina, 6 do Distrito Federal, 4 do Ceará, 3 do Pará, 2 de Goiás e 1 do Amazonas; 60 do Sudeste, 24 do Nordeste, 27 do Sul, 8 do Centro-Oeste e 4 da região Norte.

Os gêneros de jogos mais populares dentre os inscritos foi Ação e Aventura, com 44 projetos; puzzle, plataforma e estratégia também foram bastante populares, com 31 projetos inscritos, e a plataforma mais popular foi o computador, responsável por 40,7% dos jogos inscritos, seguido de pertinho pelo mobile – 39%.  Dentre todas as inscrições, 77,4% delas possuía orçamento total de até R$ 500 mil. Outro dado interessante é que todos os projetos solicitaram investimentos ao Fundo Setorial Audiovisual para cobertura de mais de 80% do orçamento total de seus games.

A Realidade Virtual, que é a mais nova tecnologia da indústria mundial de videogames, foi bem representada, com 12 jogos inscritos (9,8%), de empresas brasileiras inovadoras que estão investindo em VR.

APOIO NA PARTICIPAÇÃO DE EVENTOS

Durante o evento desta sexta-feira, o diretor-presidente da ANCINE aproveitou para anunciar, ainda, a inclusão de três eventos internacionais de games em seu Programa de Apoio à Participação Brasileira em Eventos de Mercado e Rodadas de Negócios Internacionais 2017. Empresas que foram premiadas em editais ou que estão inseridas em programas de financiamento de governos ou de instituições do setor poderão solicitar apoio para participar dos seguintes eventos: Gamescom 2017, de 22 a 26 de agosto em Colônia, na Alemanha; External Development Summit – XDS 2017, de 7 a 9 de setembro, em Vancouver, no Canadá; e Game Connection Europe 2017, de 1º a 3 de novembro, em Paris, na França.

OS VENCEDORES

A sala de apresentação da Ancine estava repleta de desenvolvedores que aguardavam os resultados ansiosamente. Como a lista dos contemplados foi revelada em ordem alfabética, a brincadeira após a cerimônia foi de que “todos iam fazer jogos que começassem com A” para o próximo Edital.

Foram, no total, 23 vencedores, divididos em três as categorias. A Categoria A reuniu projetos que receberiam até R$ 1 milhão. Foram 2 vencedores nesta categoria, que receberam juntos R$ 1.975.000,00; a Categoria B, que teve 13 vencedores, englobou os projetos que receberiam até R$ 500 mil; no total, foram pouco mais de R$ 6 milhões distribuídos, o maior valor de todas. E, na Categoria C, com 8 vencedores, estavam os projetos que receberiam até R$ 250 mil, totalizando R$ 1.985.000,00 em investimentos.

CATEGORIA C

– Addle Earth, da Sunland Studios (de Minas Gerais) – R$ 250 mil
– Baconrun!, da Kokku Games (de Pernambuco) – R$237.500,00
– Cupins de Tromba Trem, da Copa Studio (do Rio de Janeiro) – R$ 250 mil
– Gravity Heroes, da Studica Brasil Software (de São Paulo) R$ 250 mil
– Josh Journey: Totens da Escuridão, de Iuri Araújo Cardoso (de Goiás) – R$ 250 mil
– Kriaturaz, da Messier Games (de São Paulo) – R$ 250 mil
– Musashi x Cthulhu, de Sandro Tomasetti (do Paraná) – R$ 248.300,00
– Projeto Sertão – EP. 2, da Virtualize Interatividade Digital (da Bahia) – R$ 250 mil

CATEGORIA B

– Areia, da Raimbault Humberto & Pereira (de Minas Gerais) – R$ 500 mil
– Bugidroids, da 44 Entretenimento Interativo (de São Paulo) – R$ 500 mil
– Demagnete VR, da BitCake Studio (do Rio de Janeiro) – R$ 500 mil
– Guts, da Flux Game Studio (de São Paulo) – R$ 500 mil
– Hero Among Us, da A.D.F Desenvolvimento de Jogos (de São Paulo) – R$ 400 mil
– Keen, da Cat Nigiri (de Santa Catarina) – R$ 255.192,30
– RacketBoy, da Double Dash Studios (do Rio de Janeiro) – R$ 500 mil
– RaidBoss, da Oktagon Games (do Rio de Janeiro) – R$ 485.883,70
– Sand Bullets, da Duaik Entretenimento (de São Paulo) – R$ 499.980,00
– Silo, de J. O. de Queiroga (do Amazonas) – R$ 500 mil
– Super Volley, da SouthBox Game Studio (do Rio Grande do Sul) – R$ 498.200,00
– Terracodex: As Onze Relíquias, da Webcore Studios (de São Paulo) – R$ 499.469,00
– Tetragon, da Cafundó Estúdio Criativo (de Santa Catarina) – R$ 400 mil

CATEGORIA A

– Arani, da Diorama Digital (de Pernambuco) – R$ 975.475,00
– Out of Space, da BS Jogos Eletrônicos (do Distrito Federal) – R$ 1 milhão

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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