Ou seja, os acordos podem beneficiar, mesmo que indiretamente, os negócios de videogames que estão surgindo e crescendo no Brasil. Um dos exemplos de aproximação entre os dois países é o evento que será promovido no próximo dia 23 de maio, um sábado, pela empresa chinesa Halo Digit para selecionar 20 projetos de jogos brasileiros e levar para nove locais diferentes na Ásia.
O evento está sendo promovido em parceria com a faculdade Impacta de São Paulo e a Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games (ACIGAMES).
A ideia de levar jogos até a China pode empregar tradutores e até desenvolvedores para fazer adaptações nos games. O mercado chinês não consome jogos como o restante do mundo e eles fazem questão de apreciar exclusividades em suas versões dos títulos digitais. A desenvolvedora PopCap Games colocou um dragão chinês e personagens próprios em sua adaptação de Plants vs. Zombies para o público asiático.
O Brasil exportou US$ 40,6 bilhões para a China em 2014, enquanto as importações chegaram a US$ 37,3 bilhões. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o fluxo comercial foi de US$ 77,9 bilhões. Entre janeiro e abril de 2015, o comércio entre os dois países acumulou US$ 21,7 bilhões.
Por todos esses fatores, e embora os fatos não envolvam games diretamente, a ação de Dilma com o premiê Li Keqiang pode ser encarada de maneira positiva para o mercado de games. Além de beneficiar a Petrobras após escândalos de corrupção da operação Lava Jato, os acordos chineses podem aproximar potenciais investidores de pequenas empresas no Brasil.
A diplomacia e os investimentos vindos do exterior são uma boa notícia para um país que enfrenta severos ajustes fiscais, em um ano de disparada dos juros – Selic a 13,25% – e da inflação prevista no patamar de 8,31%.
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