A maior feira de games do mundo também conta com uma área exclusiva para que desenvolvedores independentes possam expor seus jogos e suas ideias. Escrevo sobre ideias porque, ao contrário do que estávamos esperando, a área do IndieCade não conta exclusivamente com projetos digitais e nem com projetos de jogos concluídos.
Percebemos que este é um espaço onde conceitos diferentes e únicos são muito valorizados, e até mais valorizados que produtos completos.
Tenho uma paixão desmedida por indies e fiz questão de passar algumas horas testando todos os jogos dessa área e conversando com quantos desenvolvedores fosse possível, para entender bem a ideia de cada um e como eles chegaram até ali.
Na feira desse ano encontramos um jogo de cartas, um jogo de tabuleiro, um “escape the room” para crianças, um projeto de mesa interativa para jogos, um livro com jogos experimentais psicológicos com viés feminista, um jogo de bater palmas para iPad, jogos multiplayer de console, jogos em realidade virtual (VR) e até uma tela interativa onde pixels se mexiam dependendo do movimento (ou dança) da pessoa que estivesse na frente dela.
Selecionei alguns dos jogos que mais me chamaram à atenção ou que mais me divertiram durante a feira.
1. Mimic Arena
Jogo multiplayer para até quatro jogadores/as, agrupados em times ou todos contra todos, no qual o player deve cruzar a tela de um lado ao outro e então fazer com que o “fantasma” do seu movimento, consiga cruzar a tela de volta até o ponto de início. Para se defender e defender o fantasma, estão disponíveis diversos tipos de armas, tudo em um visual futurista muito colorida e com um clima frenético. Mimic Arena é um desses jogos que nos empolgou ao ponto de gritar, pular e realmente externalizar nossas emoções, proporcionando uma experiência bem divertida com o número máximo de jogadores. Disponível para Xbox One e para PC, pela Steam.
2. Floor Plan
Minha primeira experiência VR na E3 foi esse jogo da Turbo Button. Esse puzzle se passa inteiramente dentro de um elevador que acessa os andares mais malucos e diferentes, desde um cemitério até um andar futurista de escritório, passando pela sala de uma casa com lareira ou por uma área externa toda colorida. Eu ainda não consigo ser uma fã de realidade virtual, mas acho que vale a pena checar o jogo, pelo visual convidativo e bom humor. Ele está disponível para o Oculus Rift e para o Samsung Gear VR.
3. Clapper
Este título multiplayer nos garantiu boas risadas. Sua ideia é muito simples: Uma espécie de guittar hero de dois/duas jogadores/as onde ao invés de apertar a tela, eles/as devem bater palmas de forma sincronizada. Existem diversos níveis de jogo, de músicas lentas e com poucas palmas até ritmos muito acelerados e bem mais complicados de serem seguidos, que te colocam naquela situação engraçada de desespero enquanto você erra a mão do seu colega que está bem à sua frente.Por enquanto o jogo está apenas disponível para iPad.
4. Beautiful Corner
Saindo da linha de jogos digitais, esta experiência criada pela designer Martzi Campos é uma espécie de “Escape The Room” que acontece em um mundo mágico infantil. Com apenas duas paredes (corner) ela criou uma história de criança se aventurando em um mundo criativo junto de seu amigo imaginário, algo como Alice no País das Maravilhas. Nós tivemos a oportunidade de jogar uma versão rápida do jogo para entendermos como a história se desenvolveria e eu, como fã de jogos de “Escape”, achei muito interessante ter um ambiente assim criado exclusivamente para crianças.Esse é um espaço itinerante e vocês podem descobrir mais sobre o projeto no site de sua criadora.
5. Inversus
Visual minimalista, poucas cores e ainda assim é um jogo divertido que prendia a atenção de todos que passavam por ali, tanto para observá-lo como para jogá-lo. O conceito é simples: Um time é branco e outro preto e cada um atira mudando as cores da tela para a sua cor e tentando acertar o inimigo. Apesar disso, é mais difícil do que parece, depois que todos os jogadores pegam o jeito de conquistar seus objetivos. Aceita até quatro players e possui diversos cenários. Estará disponível para PlayStation 4 e para PC, na Steam.
A correspondente internacional viajou a convite das empresas: Void Studios, Aquiris Game Studio, TDZ Games e Flux Game Studio.
Para ver o que a Mayara está fazendo na E3, que tal acompanhar o novo Instagram do Drops de Jogos?
Mayara Fortin é arquiteta por formação, viajou e viveu pelo mundo, do Leste Europeu aos Estados Unidos. Atualmente trabalha como Relações Públicas do Void Studios, de São Paulo, e do Astro Crow, da Flórida, e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende conseguir fazer reviews de tudo o que já jogou. Foi a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.