Alguns dos jogos presentes foram apresentados no Epic Game Jam de São Paulo, uma maratona que se desenvolveu regionalmente e terá uma final nacional ainda em 2017.
As apresentações começaram com Bedtime Fright, um jogo retrô desenvolvido pelo REVstudio. Com um time de cinco desenvolvedores, eles criaram um game em que você deve mover um personagem por cômodos para ele escapar de assombrações. Uma combinação errada de caminhos e as luzes serão todas apagadas.
Na escuridão, a ameaça fantasmagórica se move rapidamente e rapta o seu personagem. A paleta de cores monocromática e os efeitos de movimentação lembram Pokémon e outros RPGs de Game Boy, numa onda que tem tomado a cena brasileira de games. Isso ocorre sobretudo entre os retrogamers.
O jogo foi desenvolvido dentro de um Ludum Dare, o que ressalta o papel das game jams. As maratonas de desenvolvimento são facilitadoras no processo de criação de projetos, forçando alguns desenvolvedores no limite de suas ideias. Uma das desenvolvedoras é May Fury, que desenvolveu e fez parte do time do título DEBORAH na FEA-USP.
Indo pra uma ideia mais mitológica, MinosMaze traz um pouco da história da Grécia antiga.
O Rune Game Studio desenvolveu um game baseado no mito de Minotauro no labirinto grego de Creta. A ideia do criador é justamente colocar o gamer para resolver o enigma com a besta mitológica dentro do jogo. O game sairá para Linux, Windows e Android.
Desenvolvido por um homem só nas horas livres, da Spoksgames, Volcano Climber é um jogo de plataformas ambientado na estrutura montanhosa com lava. Seu objetivo é avançar e fazer pontos antes de se fritado pelas chamas. É o típico game simples e prático, que pode ser o ponto de partida para qualquer desenvolvedor.
Mais desenvolvido e feito por um time de apenas cinco pessoas, Sunken Brawl pode ser uma surpresa no final deste ano. Game de luta, ele traz personagens marinhos, de peixes até outras espécies, para duelar embaixo d'água. Num sistema que parece Street Fighter, as criaturinhas tem poderes especiais que são carregados conforme o combate avança. O título estava para experimentação durante o SPIN e formou fila, com apenas quatro lutadores habilitados: Dois peixes, um crustásceo e uma água-viva.
Bem-humorado, o designer Hugo Damiao apresentou um game desenvolvido em maratona com Unity 5 e conversas em grupo de WhatApp. O seu ponto era justamente a simplicidade de um projeto que já se forma como jogo 3D.
ACE TEAM de quatro integrantes fez o game em apenas três dias numa jam chamada Serio. E o final da apresentação foi um convite para os presentes desenvolverem mais projetos remotamente.
Graveyard Defense, um dos jogos premiados com reconhecimento dos jurados na Epic Game Jam foi apresentado neste SPIN.
O game traz um conceito interessante de multijogador assimétrico. Ou seja, um player atira nas caixas para evitar que elas cheguem na base, enquanto o outro organiza as torres de defesa do alto para defender o local. Cada um joga de maneira diferente e tem poderes diferentes dentro do jogo.
Por fim, a última apresentação tratou da história de um único desenvolvedor.
Lucas Soares falou de sua carreira e de como saiu da animação tradicional para mergulhar no mundo dos jogos. Desenvolveu projetos e criou uma veia educacional com o meio.
Ele deu aulas com Raphael Dias do site Produção de Jogos para devs. Ressaltou a importância de uma cultura transmídia para apurar o senso crítico nos desenvolvedores.
O SPIN encerrou com uma atmosfera de camaradagem e com outros jogos em exposição. Para quem achava que 2017, por ser ano de crise, iria inibir os paulistanos, o evento prova que este pensamento está errado.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.