Alguns deles trabalham na Diorama, empresa de Recife no estado do Pernambuco. Para conhecer a história deles e a trajetória do time com Horizon, o co-fundador Everaldo Neto deu uma entrevista exclusiva para o Drops de Jogos em março. Reproduzimos agora.
Drops de Jogos: Como foi a criação da empresa? Quantas pessoas faziam parte da criação? E hoje, qual a situação de vocês?
Everaldo Neto: A Diorama iniciou suas atividades em 2013, pouco tempo após o fechamento da Playlore Gameworks, estivemos envolvidos com alguns projetos na área de VR e em 2015, juntamente com meus amigos e atuais sócios Alex Rodrigues e Bruno Marques, resolvemos formalizar a empresa e incubar o projeto no Instituto de Tecnologia de Pernambuco e assim começou oficialmente a Diorama. Atualmente além de nossa crescente operação de outsourcing (produção para o exterior), também estamos desenvolvendo um IP próprio.
DJ: Qual a importância de trabalhos com clientes internacionais? Como vocês entraram nessa?
EN: Além de dar visibilidade ao Brasil e mostrar que somos capazes de produzir com a mesma qualidade de estúdios internacionais, temos também alguns outros pontos positivos. Para citar alguns, experimentar novos processos, networking com outros estúdios, participação em títulos de grande porte, que no final das contas, é o sonho da maioria das pessoas que ingressam no ramo de desenvolvimento de games.
Começamos como artistas 3D na Playlore Game Works que foi uma das primeiras empresas do Brasil a fornecer arte para grandes estúdios, lá aprendemos e ganhamos experiência trabalhando em grandes produções, tais como, Just Cause 2, DC Universe Online, The Elders Scrolls Online, Star Wars Galaxies, Monday Night Combat, Dungeon Runners, além de títulos para mobile. Na época, por falta de oportunidades em nossa região e como nenhum de nós tinha interesse em sair do país, resolvemos empreender aqui, começamos levando nossa experiência para o mercado imobiliário, e foi nesse período que surgiu a Diorama, mas logo voltamos a fazer trabalhos de outsourcing para alguns estúdios internacionais.
DJ: Qual foi a participação de vocês em Horizon Zero Dawn?
EN: A Diorama foi a empresa responsável pela produção de sete das 27 criaturas robóticas presentes no jogo (sem contar o DLC), além de algumas armas, também é importante salientar que ao todo foram sete e tão somente sete artistas da Diorama trabalhando durante a produção dos modelos. Foi um grande feito, dada a natureza complexa e a riqueza dos modelos. Gostaríamos de esclarecer que a Diorama não é, e nunca foi uma divisão/departamento da Kokku. A relação que existiu entre as empresas surgiu de uma proposta inicial de criação de um hub, mas que depois virou uma prestação de serviços por parte da Diorama.
DJ: Qual é o atual projeto de vocês?
EN: Continuamos prestando serviços de outsourcing, felizmente é um setor que está crescendo bastante, além disso, estamos trabalhando em nosso projeto autoral, Araní, que foi contemplado na categoria A do primeiro edital da Ancine/FSA para jogos digitais. Araní será um jogo de ação com ambientação baseada no universo mitológico sul americano.
DJ: O que vocês pretendem fazer futuramente?
EN: Estamos trabalhando para expandir nossas operações de outsourcing e acelerar nossa capacidade produtiva, esperamos para um futuro próximo estender nossa operação para outras regiões do país e até mesmo outros países, com certeza estamos trabalhando bastante para isso.
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