Dois jovens imaginaram, em 2015, a possibilidade de um serviço online similar ao Netflix, que oferecesse um cardápio de games para jogar mediante o pagamento de uma mensalidade, ao invés de filmes para assistir. Nascia a ideia do Gamelyst, que agora chega em versão Alfa.
"Temos um time de profissionais programando 16 horas por dia para entregar um serviço estável e coeso", afirmou FiliPe Faria Morais, cofundador da empresa e responsável peles mídias sociais, em conversa com o Drops de Jogos. "Foram 7 meses de pesquisa e fomento, para transformar uma boa ideia em um produto já estabelecido e funcional".
FiliPe explicou que, no início, "existia um conceito muito bacana", mas ainda a procura de estrutura para se transformar em um serviço capaz de agradar e conquistar o público gamer. A partir da mudança dos idealizadores do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, deu-se o encontro dos 12 profissionais que hoje desenvolvem o projeto.
A criação dos jovens participou da seleção de startups de tecnologia do projeto Lemonade e sagrou-se primeira colocada, conquistando um programa de fomento de 1 ano junto à Techmall, aceleradora de startups e desenvolvimento global. Agora, o grupo está de olho nos potenciais investidores para o projeto.
"A própria Techmall, nossa aceleradora, está responsável por nos ajudar a encontrar investidores", continuou o profissional. FiliPe não confirma, mas há indícios de já estar em conversas com investidores muito interessados, com reuniões agendadas para este mês. "Não podemos dar detalhes das negociações", desconversa FiliPe, sempre cordial.
A interface do app, ainda com design espartano, apresenta informações claras sobre as possibilidades de navegação, que vão muito além da mera oferta de games. O sistema inclui tabelas de jogos acessados pelo assinante e pelos contatos, rankings de performance nos jogos e uma área Discover, onde é possível encontrar novidades por gênero de preferência, entre outras surpresas reservadas.
Os desenvolvedores estão elaborando também uma forma de intercomunicação entre jogadores para permitir troca de informações com times e parceiros em tempo real. "Estamos negociando com os criadores de um programa substituto e mais leve que o Skype, para conversar durante os jogos. É possível que seja aplicada a mesma funcionalidade dentro do sistema da Gamelyst", comentou.
No dia 1º de junho, a empresa lançará a versão inicial closed alpha, disponível apenas a estúdios envolvidos, parceiros e apoiadores do projeto, para avaliações e definições gerais. "Após 3 ou 4 meses da versão Alpha, com o sistema já estabilizado, lançaremos o Beta para o público", explicou.
A primeira versão Beta já contará com algumas dezenas de jogos, a grande maioria de desenvolvedores indies, mas os produtores já informaram que o catálogo não se limitará às produções independentes nacionais. "Não temos restrição de tipos e categorias de games. Em princípio, estamos falando com os indies, mas a gente pretende abranger desde indies até os grandes estúdios", esclareceu o social media.
As mensalidades em avaliação devem ter valores próximos ao praticado pelo Netflix, mas FiliPe informou que haverá outros planos de assinatura, com preços variados. "Estamos estudando modalidades, com valores diferentes e promoções", enfatizou.
Considerando a estrutura que a startup projeta para o sistema e as possibilidades de interação propostas, se o catálogo de jogos agradar ao público gamer e os preços se mostrarem competitivos, a Gamelyst tem tudo para inaugurar um novo nicho de mercado para apresentação da rica produção de games brasileiros e para curtir as novidades do cenário indie.
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