A desenvolvedora indígena Marina Gatto, da etnia Mura, que pertence à aldeia Iambé, apresentou na Final Continental Brasil da Game Jam Plus o jogo de tabuleiro Paranã Rēbiwa. Nele, o jogador precisa posicionar seus elementos com inteligência sobre o tabuleiro, pois a estratégia é um fator fundamental para lidar com os fatos sobre o meio ambiente e sua destruição.
Esse boardgame também aborda o cotidiano dos indígenas. Ele estará à venda por cerca de R$ 250, por ser artesanal e não industrial.
Vencedora da região norte do Brasil, Marina fez um discurso comovente no evento da Game Jam Plus.
Prazer a todos, meu nome é Marina [Gatto]. Sou indígena, Mura, do Amazonas. Estou aqui com meus amigos e as pessoas que possibilitaram eu estar criando jogos.
Meu jogo é de tabuleiro porque minha aldeia não tem energia [elétrica]. Não tem como eu criar um jogo digital. Eu fui com todo o conhecimento possibilitado por eles [Game Jam Plus] para criar um jogo.
Então, sim, dentro das aldeias indígenas, dos 305 povos que existem no Brasil, tem tecnologia. Tem muitas mentes brilhantes. A gente só precisa de uma oportunidade a minha oportunidade veio pela Game Jam Plus!
Veja o vídeo do game dela. Com informações do site Quebrando Controle.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.