"Eu estou reestruturando o ministério e houve uma perda de qualidade de estrutura. Estou voltado para dentro [da pasta] e a área cultural me quer pra fora. Posso dizer que temos como meta uma gestão muito melhor do que tivemos anteriormente", disse o ministro na TV Brasil. E falou também sobre jogos digitais: "Estamos nos preparando para entrar na área de games. A gente já faz alguma coisa na área, mas queremos fazer isso de maneira mais consistente para contribuir tanto com jogos quanto com cinema de animação".
No entanto, entre as ações recentes, o MinC promoveu recentemente o edital do Prêmio Darcy Ribeiro, com prêmios de R$ 10 mil para ações museais, Bienal do Livro, cursos de biblioteconomia e promoção de livros. A única ação mais próxima do setor de jogos digitais foi o anúncio, em 8 de setembro, do Grupo de Trabalho (GT) de Games. Nenhuma outra ação, mais estrutural, ainda foi lançada para os desenvolvedores e entusiastas da área.
Outro lado
Apesar da falta de iniciativas, o Ministério da Cultura mostrou alguma mobilidade para o setor de jogos ao promover o evento Diálogos: Economia da Cultura no final de agosto, pouco antes do lançamento do GT. No encontro, o participante britânico Geoff Mulgan, diretor-executivo da Nesta (National Endowment for Science Technology and the Arts, sugeriu ao ministro Juca Ferreira que investisse em games no intuito de gerar "crescimento para espaços e agentes culturais".
Juca também não está totalmente alheio ao assunto dos videogames. Em fevereiro deste ano, ele afirmou: "Estive na China quando era ministro de Lula e pedi permissão ao governo para negociar as parcerias na área de cultura digital, cinema, animação e games".
Faltam ações concretas ainda, não é?
Confira a entrevista no Espaço Público. A partir do minuto 18, Juca Ferreira fala sobre videogames.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.