Reportagem de Henrique Sampaio no site Overloadr entrevistou e apurou a preocupação de desenvolvedores da cena brasileira de jogos com a entrada de NFT, criptomoedas e jogos play-to-earn desde o final de 2021. O BIG Festival, maior feira indie do Brasil e da América Latina, passou a dar espaço para esse tipo de games com pagamentos.
Diz Sampaio em sua reportagem: “‘Ganhe criptomoedas e saiba mais sobre NFTs e Games!’. Não é exatamente isso que você espera ler no título de uma newsletter de um festival de jogos independentes brasileiro, reconhecido internacionalmente, que, em 2022, completa 10 anos. Embora a relação do BIG Festival (Brazil’s Independent Games Festival) com empresas de criptomoedas tenha começado a ser divulgada em março, uma parte da indústria de games brasileira está encarando a onda dos jogos play-to-earn desde o final de 2021”.
O Overloadr entrevistou quem está organizando o evento: “O produtor de cinema e diretor do BIG Festival, Gustavo Steinberg, foi um dos que esteve na GDC e observou essa movimentação. ‘É óbvio que existem várias críticas possíveis ao modelo play-to-earn e eu tenho acompanhado bem de perto esse assunto. A própria GDC, mais da metade [do evento] era sobre cripto. Não só cripto, mas blockchain gaming, e aí tem NFT e outras variações embutidas'”.
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E o site também aborda as investidas entre as empresas nacionais de jogos. Ele relata o seguinte:
Fabrício (nome fictício), funcionário da tradicional Aquiris Game Studio, localizada em Porto Alegre, responsável por títulos de sucesso como Horizon Chase e Wonderbox, tem observado tentativas de contratação de profissionais do estúdio por parte de empresas que desenvolvem jogos play-to-earn.
De acordo com ele, um de seus colegas de trabalho recebeu uma série de propostas da Prota Games, uma empresa fundada por brasileiros mas sediada fora do Brasil, que além de oferecer cursos de jogos free-to-play, como League of Legends e Fortnite, está investindo no desenvolvimento de um jogo play-to-earn.
Conforme o amigo ia recusando as propostas feitas pela Prota para trabalhar em seu jogo, a empresa aumentava sua oferta. Ao levar para a Aquiris o salário que lhe estava sendo oferecido, o estúdio decidiu cobrir a oferta para manter o funcionário.
Um outro profissional da Aquiris também recebeu propostas semelhantes da mesma empresa, de acordo com Fabrício. ‘Eles estão literalmente jogando dinheiro no problema’, comenta.
Ele próprio chegou a ser sondado por outra empresa, onde acabou fazendo duas entrevistas, uma com um recrutador e outra com o CEO, mas após recuar, foi pressionado a continuar no processo, recebendo até uma proposta para trabalhar em meio período por um mês, a qual ele recusou por não se interessar pelo projeto, também um jogo play-to-earn.
Leia a reportagem completa de Henrique Sampaio aqui.
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