Opinião: Aquiris acerta ao trazer inclusão feminina nas mãos da artista conceitual Bruna Richter - Drops de Jogos

Opinião: Aquiris acerta ao trazer inclusão feminina nas mãos da artista conceitual Bruna Richter

A artista conceitual e ilustradora Bruna Richter é a responsável pelo material de Ballistic Overkill, novo jogo de tiro lançado pelo Aquiris Game Studio no Steam em 2017. Bruna apresentou seu trabalho no game no evento de lançamento. Ela fez as versões femininas de todos os personagens, além de minorias como negros dentro de game – seguindo uma tendência que ganhou força com Overwatch entre os jogos de tiro, e outros títulos.

Foto: Pedro Zambarda/Drops de Jogos

A participação de Bruna Richter no projeto vem num momento curioso. A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em parceria com o instituto de pesquisa Brand New Research e com a produtora de jogos Sioux Interactive, divulgou no dia 5 de abril seu estudo sobre o público gamer no Brasil. No levantamento, 53,6% dos jogadores do Brasil são do sexo feminino. Em 2016 o mesmo estudo calculou que 52,6% do público gamer era constituído por mulheres. Ou seja, o interesse delas por games continua crescendo.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 16 de fevereiro, com 2947 pessoas espalhadas pelos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Apesar do levantamento, uma minoria de meninas desenvolve games e se insere no cenário. Ana Ribeiro, Thais Weiller, Amora Bettany, Eliana Dib, Carolina Porfírio e algumas assumem posições de destaque, mas as mulheres estão distantes da metade do mercado dev, ainda menos da maioria.

É neste contexto que o trabalho de Bruna se situa. Ela não somente é uma integrante do time do Aquiris Game Studio, mas tem uma função específica de trazer mais igualdade num gênero que tipicamente machista: Os jogos de tiro.

Ballistic ainda precisa ser mais trabalhado em DLCs e nas expansões para mudar este cenário, mas trazer uma mulher em posição de destaque é um primeiro passo com o pé direito importante. Aquiris acertou neste aspecto.

Que Bruna Richter, e muitas outras, alcance cargos de destaque na cena brasileira de desenvolvimento de jogos.

Que ainda é composta por homens, na sua maioria brancos e com privilégios sociais que as mulheres não possuem graças ao machismo.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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