Produziu com Danilo o game Odallus: The Dark Call, uma verdadeira homenagem aos jogos de 8 bits e aos títulos de plaforma 2D desafiadores do passado, como Metroid e Castlevania, mas numa roupagem nova e desafiadora. O game foi considerado um dos melhores brasileiros do ano. Não bastando apenas estes feitos, Thais também atuou como produtora do Black River Studios e lançou com Marcela Versiani o Finding Monsters, um jogo focado em dispositivos de realidade virtual como o Gear VR, que funciona com celulares, e tem similaridades com Pokémon Snap do Nintendo 64.
Só isso garantiria o título para Thais Weiller de "Desenvolvedora Brasileira de 2015", pois foram dois lançamentos de ponta num ano só.
Mas não foi só isso que contou nesta homenagem.
Ao lado de Carolina Porfírio, que é ilustradora de games e autora da campanha "Fight Like a Girl", Thais também foi uma das grandes pensadoras do feminismo no meio nerd no ano que se passou. Escreveu, como colunista do site Ovelha, o texto "O lugar da mulher nos games" no dia 19 de abril de 2015.
"Não vai ser fácil resolver o silenciamento da mulher no meio dos jogos. Ele não vai passar sozinho e cada dia que passa, mais mulheres são caladas. Eu sei que sozinha sou pouco contra a multidão raivosa, mas não estou sozinha. E não vou parar. Estamos em uma guerra verbal e ideológica onde cada cabeça pensante conta", escreveu Thais naquele texto.
Sua luta é por mais representatividade das mulheres nos videogames, além de mais vozes que falem sobre este assunto e outros no meio nerd. Não a toa, outras desenvolvedoras na cena brasileira de games estão ganhando destaque, como Katiucha Barcelos da Ivalice, Maria Tereza Fernandes da escola SuperGeeks para crianças de Brasília, a própria Paola Rodrigues que é mencionada no texto da Thais, além de exemplos da cultura pop como Rebeca Puig do Collant sem Decote e Gabriela Franco do coletivo MinasNerds.
Thais Weiller é uma das representantes que está abrindo para mais mulheres participarem de um meio dominado por preconceitos masculinos e até por uma aberração internacional como o GamerGate. Precisamos falar sobre machismos e seus abusos.
Mas, acima de tudo, precisamos reconhecer os trabalhos excepcionais das mulheres no setor de jogos eletrônicos.
Por todos estes motivos, Thais é a melhor desenvolvedora do ano passado.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.