O mês de julho de 2021 não foi nada bom para a Activision Blizzard. Além da fusão entre as gigantes da indústria de games que está acabando com a cultura de jogos da Blizzard, a empresa foi processada por uma Corte na Califórnia por manter uma cultura de assédio profissional e sexual dentro da empresa.
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Autoridades relataram o caso de uma funcionária que cometeu suicídio em uma viagem da empresa, encontraram câmeras escondidas dentro do banheiro feminino (isso foi encontrado pela polícia), além de uma cultura corporativa de agressão.
A ação foi movida pelo Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia.
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As consequências para a imagem da Activision Blizzard são imprevisíveis. As ações no mercado financeiro da empresa já sofreram queda. Mas essa não foi a única consequência.
No dia 28 de julho de 2021, oito dias depois do início do processo, funcionários fizeram uma greve e mobilização pelas redes sociais.
Greves e paralizações não são comuns no mercado internacional de jogos eletrônicos. Com uma cultura corporativa e privada muito forte, a discussão sobre sindicalização dos trabalhadores só ganhou força nos Estados Unidos nos últimos anos – mas ainda é insuficiente e mais envolvida na mídia de games. No entanto, esse tipo de ação dos empregados está ganhando cada vez mais força. E acontece, veja só, desde 2019.
A primeira greve de trabalhadores de games aconteceu na Riot Games no começo de 2019. Os motivos? Os mesmos da Activision Blizzard. Cultura machista, agressões da hierarquia dos executivos, acusações de assédio sexual.
Em 2020, essa mesma crise atingiu a francesa Ubisoft. Na ocasião, o principal diretor criativo, Tommy François, foi desligado. François era acusado de assédio e má conduta sexual.
E agora essa crise no mercado americano chega na Activision Blizzard. É sinal que essa cultura de assédio não se restringe a uma única empresa.
Confira uma discussão que o Drops de Jogos fez em 2019 sobre o caso na Riot – além da greve.
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