Análise - A greve na Activision Blizzard contra assédio sexual é algo sério desde 2019 - Drops de Jogos

Análise – A greve na Activision Blizzard contra assédio sexual é algo sério desde 2019

Essa cultura de assédio sexual na indústria de games afeta também gigantes como Riot e Ubisoft

Funcionários e manifestantes protestam em apoio a processo por abuso sexual em frente à sede da Activision Blizzard, nos Estados Unidos — Foto: David McNew/AFP

O mês de julho de 2021 não foi nada bom para a Activision Blizzard. Além da fusão entre as gigantes da indústria de games que está acabando com a cultura de jogos da Blizzard, a empresa foi processada por uma Corte na Califórnia por manter uma cultura de assédio profissional e sexual dentro da empresa.

LEIA – Funcionários da Activision Blizzard fizeram greve contra empresa após acusações de assédio sexual

Autoridades relataram o caso de uma funcionária que cometeu suicídio em uma viagem da empresa, encontraram câmeras escondidas dentro do banheiro feminino (isso foi encontrado pela polícia), além de uma cultura corporativa de agressão.

A ação foi movida pelo Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia.

LEIA MAIS – Activision Blizzard contrata empresa conhecida por impedir a formação de sindicatos

As consequências para a imagem da Activision Blizzard são imprevisíveis. As ações no mercado financeiro da empresa já sofreram queda. Mas essa não foi a única consequência.

No dia 28 de julho de 2021, oito dias depois do início do processo, funcionários fizeram uma greve e mobilização pelas redes sociais.

Greves e paralizações não são comuns no mercado internacional de jogos eletrônicos. Com uma cultura corporativa e privada muito forte, a discussão sobre sindicalização dos trabalhadores só ganhou força nos Estados Unidos nos últimos anos – mas ainda é insuficiente e mais envolvida na mídia de games. No entanto, esse tipo de ação dos empregados está ganhando cada vez mais força. E acontece, veja só, desde 2019.

A primeira greve de trabalhadores de games aconteceu na Riot Games no começo de 2019. Os motivos? Os mesmos da Activision Blizzard. Cultura machista, agressões da hierarquia dos executivos, acusações de assédio sexual.

Em 2020, essa mesma crise atingiu a francesa Ubisoft. Na ocasião, o principal diretor criativo, Tommy François, foi desligado. François era acusado de assédio e má conduta sexual.

E agora essa crise no mercado americano chega na Activision Blizzard. É sinal que essa cultura de assédio não se restringe a uma única empresa.

Confira uma discussão que o Drops de Jogos fez em 2019 sobre o caso na Riot – além da greve.

LEIA MAIS – Saiba os SPOILERS de Resident Evil Village

Resident Evil Database cria Linha do Tempo com games da franquia

Confira os 5 games online mais jogados no mundo em 2021 segundo site

Veja o vídeo da semana acima.

Conheça mais sobre o trabalho do Drops de Jogos acima.

Veja mais sobre a Geek Conteúdo, a produtora da Rádio Geek, parceira do Drops de Jogos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments