A Apple está acusando a Microsoft de participar de forma oculta na processo que envolve a Epic.
Segundo a empresa chefiada por Tim Cook, a gigante de tecnologia está usando a desenvolvedora de Fortnite para disfarçar suas verdadeiras intenções e se beneficiar diretamente com um resultado favorável à criadora do jogo, já que o serviço de nuvem Xbox Cloud Gaming foi restrito no iOS por regras similares. Essas acusações surgiram em audiência no dia 19 de maio em um requerimento para que o depoimento de Lori Wright, executiva ligada ao Xbox, seja desconsiderado. Depondo a favor da Epic, Wright afirmou que a Microsoft nunca lucrou com a venda de hardware e que seu negócio depende da fatia que cobra das desenvolvedoras para sobreviver.
A Apple já havia feito um pedido anterior para que o testemunho fosse desconsiderado, mas adicionou que “um observador razoável poderia se perguntar se a Epic está servindo como uma fachada para a Microsoft”. A companhia também declarou que a “Microsoft se protegeu de qualquer descoberta significativa nesse litígio ao não aparecer como uma parte ou mandando um representante corporativo para testemunhar”. Para dar força a seu argumento, a Apple também afirma que a Epic usou uma quantidade igual de testemunhas ligadas às suas próprias operações e à Microsoft. Ela também acusa a desenvolvedora e a Microsoft de reter comunicações internas relacionadas à decisão de oferecer aos jogadores de Fortnite meios de oferecer pagamentos fora da App Store — algo que fez com que o game fosse banido da loja.
Em resposta, a Microsoft afirmou que a desenvolvedora de games “age e pensa por si própria” e que tanto ela quanto outras companhias usaram suas próprias vozes para expressar preocupações em relações às práticas vistas no iOS e em outras plataformas. Já a Epic afirma que a Apple teve ampla oportunidade de obter evidências, que o depoimento de Wright era “previsível” e que a executiva do Xbox forneceu documentos a ambas as empresas da mesma forma.
O processo entre as empresas tem como ponto central as restrições que a Apple impõe a instalações de aplicativos no iOS, que devem necessariamente passar pela App Store. A Epic afirma que isso constitui um monopólio prejudicial a desenvolvedores, que não tem alternativa a não ser pagar a taxa de 30% cobrada pela empresa — valor considerado muito alto e que não seria vantajoso mediante a estrutura oferecida.
Vimos na Bloomberg e Canaltech.
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