No fim do ano passado, a EA havia anunciado uma série de mudanças na Bioware, e diversos funcionários da empresa seriam emprestados para outras subsidiárias da EA, ajudando no desenvolvimento de outros jogos enquanto a Bioware se preparava para o próximo ciclo de produção.
Na teoria, tudo fazia sentido. Afinal, o último patch para Dragon Age Veilguard já havia sido disponibilizado e tudo o que a empresa tinha em mãos era o projeto de Mass Effect 5, que ainda estava em pré-produção. Então esse pessoal seria emprestado para ajudar em jogos que já estavam em fase de produção mais avançada, e voltariam para a Bioware assim que o desenvolvimento do próximo Mass Effect precisasse de mais pessoas. Mas no fim, todo mundo ficou igual o Pica Pau:
Segundo Jason Schreier apurou para a Bloomberg, a EA não apenas demitiu mais uma dezena de funcionários da Bioware na quarta-feira (29), mas também confirmou que todas as transferências temporárias se tornaram efetivas. Isto que dizer que essas pessoas que foram emprestadas não eram mais funcionários da Bioware atuando em outra empresa, mas funcionários de qual subsidiária da EA eles foram alocados. E o pior de tudo: sem perguntar para essas pessoas se elas aceitavam essa transferência de modo efetivo.
A empresa publicou em seu blog oficial a notícia da reorganização do estúdio. A publicação fala sobre diminuir pessoal para tornar o desenvolvimento mais ágil, mas não cita em nenhum momento as demissões e remanejamentos permanentes que ocorreram na quarta-feira.
Assim, a Bioware passou de um estúdio com mais de 200 funcionários para um com menos de 100. No momento, alguns veteranos da empresa lideram o time de desenvolvimento de Mass Effect 5, mas é difícil saber se esse jogo realmente será produzido algum dia. Principalmente porque o último relatório fiscal da EA mostrou uma queda enorme nas receitas do EA Sports FC 25 em comparação com os títulos anteriores da franquia FIFA. E esta sempre foi a “galinha dos ovos de ouro” da EA na última década, o que complica ainda mais a situação da empresa.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.