Relatório mais recente da companhia de análise financeira Xsolla aponta que videogames para dispositivos móveis devem arrecadar US$ 98,7 bilhões em 2024, e chegar a US$ 118,9 bilhões em 2027, de acordo com projeções. O documento também traz percepções interessantes do cenário geral, como o Brasil ser hoje o 5.º maior país em público ativo.
Nosso país é o segundo maior da América Latina, ficando atrás do México, e tem uma grande participação ativa de mulheres no setor – jogando e gastando.
A edição de outono do relatório trimestral State of Play da Xsolla traz uma série de informações, focado no cenário mobile. Você pode ler aqui.
O setor de jogos voltados a dispositivos móveis, sejam para iOS/iPadOS ou Android, é hoje o que mais gera receita, e nem de longe se assemelha ao que era 10, 15 anos atrás, com gêneros que vão do casual a títulos de FPS, MOBAs, e JRPGs de mundo aberto, que muitos juravam serem exclusivos a consoles ou PCs, para serem jogados com controles, ou teclado e mouse.
A China lidera esse setor, graças a 657 milhões de jogadores (dados de 2023) e uma receita projetada de US$ 34,6 bilhões para 2024, com aproximadamente 700 milhões de jogadores ativos, ou seja, 1 a cada 2 chineses jogam em smartphones e tablets.
A Nigéria deve atingir 104,9 milhões de jogadores mobile em 2027, e é a nação africana que mais gasta com microtransações, tendo alcançado US$ 229,7 milhões em 2023. O Brasil, que conta com 103 milhões de gamers ativos entre todas as plataformas, a turma do mobile já são maioria, respondendo por 51,7% do total.
Isso coloca o país como o 5.º maior mercado mobile do planeta, com aproximadamente 53,3 milhões de jogadores em dispositivos móveis, mas com um crescimento modesto projetado para 2027, que deve alcançar 58,2 milhões, o mesmo número estimado para o México; ao mesmo tempo, somos o 10.º país em gastos, principalmente pela predileção por jogos free-to-play. Gêneros preferidos do público brasileiro continuam sendo ação, aventura, plataformas, e jogos de luta.
Importante lembrar que o cenário brasileiro criou títulos indie incríveis como Unsighted, Dandara, a série Horizon Chase, além de títulos já internacionalizados como Towerfall e Celeste, mas eles são consumidos mais fora do Brasil do que em seu mercado doméstico.
Com informações da reportagem de Ronaldo Gogoni no MeioBit.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.