Processo judicial entre Epic Games e Apple teve novidade no dia 12 de maio.
Depois de semanas de discussão no tribunal, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers sugeriu um acordo para encerrar a disputa entre as empresas, que foi negado pelas duas companhias. A briga entre as gigantes começou depois que Fortnite foi banido da App Store após a desenvolvedora de games oferecer microtransações fora da loja de aplicativos da Apple. Por causa disso, a dona de um dos jogos online mais populares acusa a Maçã de promover práticas que ferem as leis de mercado, como o monopólio.
A magistrada sugeriu, no impasse, que a Apple informasse aos usuários que eles podem comprar itens e equipamentos para os jogos fora da loja de apps, de acordo com reportagem da Bloomberg. “O que há de tão ruim nisso, para os consumidores terem uma escolha?”, questionou a juíza para Richard Schmalensee, economista e professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Schmalensee testemunhou no tribunal nesta quarta-feira como perito da Apple.
O especialista disse que fazendo isso, a dona do iPhone poderia perder dinheiro. Ele argumentou que se a companhia desse a opção aos consumidores e indicasse um outro local para que eles fizessem a compra, a marca certamente não receberia a comissão de 30% que ela cobra das desenvolvedoras de aplicativos e jogos. De acordo com a empresa Sensor Tower, que realiza pesquisas no mercado mobile, no ano passado a Apple arrecadou cerca de US$ 22 bilhões (R$ 116 bilhões de acordo com a cotação atual) somente em comissões.
O economista David Evans, que depôs pelo lado da Epic Games, também negou o acordo sugerido pela juíza Rogers. “Isso não eliminaria o poder de mercado que a Apple tem, mas certamente o diminuiria”, disse Evans, que complementou dizendo que para os casos de apps que não possuem sistemas alternativos de pagamentos essa “não seria uma solução”.
O processo entre Epic e Apple continuará e deve seguir por um bom tempo ainda.
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