Ainda farei um review detalhado deste game. Mas ele entra como meu melhor de 2019.
Quando foi lançado, Death Stranding foi definido como um jogo “que não é para todos”. “Muito lento”. “Você só anda”. “Você é um entregador de Rappi (o que rendeu muitos memes)”. “O combate não empolga”.
DS talvez seja isso se você espera, talvez, a ação frenética de Metal Gear Solid V. Ou mesmo a história coesa de Metal Gear Solid 3. Ou talvez a real clima mais introspectivo de Journey. Mas ele se torna algo diferente se você mergulha em suas mecânicas.
Nunca foi tão difícil e complexo simplesmente andar. Subir pedras e equilibrar cargas se transforma em um desafio que faz você gastar os gatilhos do PS4. Nos primeiros minutos do game, eu tive a capacidade de jogar Sam no chão.
No entanto, nos momentos finais, eu conseguia equilibrar cargas, atirar em BTs usando munição de sangue e seguir pelos conflitos. A história de multiversos criada por Hideo Kojima pode soar brega e clichês, sobretudo quando seu objetivo é “unificar a América”. No entanto, revendo diálogos e até vendo uma graça na atuação de atores profissionais, você vê uma mensagem repleta de ironia e deboche com tudo o que Hideo Kojima, o desenvolvedor de Metal Gear, já fez.
Ao invés de trazer o mito do “mercenário que enfrenta robôs gigantes contra um perigo nuclear”, Kojima aposta no enredo do “personagem imortal num apocalipse que não diferencia vivos e mortos”.
E, acredite, um mundo desses é capaz de ser infernal. Mesmo que você tenha um bebê como radar para encarar esses mortos.
Sekiro e Disco Elysium são games que provam que 2019 foi um ano fantástico.
Mas foi Death Stranding que levou meu coração – e irei escrever de forma mais detalhada sobre ele.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.