De imediato, a medida pode ser vista como um protecionismo de mercado. Em nações com uma economia com menos vigor que a norte-americana, como é o caso do Brasil, os impostos podem ser um argumento para a industrialização de um mercado nacional pequeno. No caso dos EUA, esta situação não acontece. A indústria de videogames americana é a que mais cresce com o mundo, justamente por atrair investimento japonês, brasileiro, europeu, de qualquer parte do globo.
Caso é tão sério que chamou atenção da Entertainment Software Association (ESA), uma das principais organizadoras da E3, a maior feira de games do mundo.
O protecionismo de Trump, no caso, não faz sentido e trará uma consequência imediata se for verdadeiro: O aumento de preços local que pode gerar um efeito cascata no restante do mundo. Em países hipertaxados, como é no território brasileiro, uma tarifa de 10% pode subir uma porcentagem ainda maior pelos custos que já existem na importação do produto – quando são feitos de maneira idônea e sem sonegação de impostos.
E a implatação de taxas deveria prever contrapartidas para a população, em serviços públicos de saúde como o Obamacare que o novo presidente americano planeja cortar. A carga tributária de países como a Filândia chega a ser 42,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para efeitos comparativos, a mesma carga nos EUA é de 24,8%, enquanto o Brasil fica em 35,13%.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Mas Donald Trump parece não ligar para estas informações quando resolveu começar a dar canetadas neste começo de 2017. Parece populismo puro querendo prometer empregos para a classe mais pobre norte-americana.
Vamos ver como a comunidade gamer reagirá, se a medida for verdadeira. Pode ser um retrocesso real na indústria do ponto de vista de custos.
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