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Opinião – Final Fantasy VII, um épico cyberpunk. Ou seria eco-cyberpunk?

Publicado no site Geração Gamer em 14 de janeiro de 2015

Este texto de opinião não trata exatamente sobre assuntos relacionados ao mercado brasileiro de jogos digitais. No entanto, é um texto sobre enredo de um jogo clássico, publicado originalmente em 17 de julho de 2011 no site Wii Are Nerds. Este material vai ao ar após a publicação desta excelente reportagem do site Kill Screen entrevistando o perfil de paródia no Twitter @ffvii_blazed. O texto de opinião do site norte-americano do dia 12 de janeiro de 2015 conclui que Final Fantasy VII “pertence a todos nós” e que suas memórias são imortais como clássicos da literatura do calibre de Hamlet, por exemplo. O jogo, no entanto, traz essa experiência no universo da diversão digital.

Um anti-herói, ex-membro de uma elite militar, vive em uma cidade futurista fazendo atos de terrorismo contra a corporação que domina o mundo, a Shinra. Este é Cloud Strife. Um herói de guerra, também membro da SOLDIER, encontra uma entidade alienígena e acredita que será Deus na Terra. Seu poder ameaça toda a raça humana. Este é Sephiroth.

A corporação dominou o mundo com reatores chamados Mako, que sugam toda a energia vital da Terra, chamada pelos antigos de Gaia. A queda de um ser chamado Jenova dá início ao processo de destruição do planeta e você deve evitar que esse fim de mundo aconteça. Essa é uma história clássica dos videogames.

Final Fantasy VII é um jogo antigo, de 1997, e o primeiro em 3D da série. Mas, além desse avanço nos gráficos, o game tem seu principal triunfo na narrativa. Apesar de já existirem outros jogos futuristas na mesma época, esse é um dos que mais chamam atenção ao incorporar um enredo tipicamente cyberpunk, subgênero da ficção científica, nos títulos da franquia.

O Cyberpunk foi criado na literatura em 1984, com a publicação de Neuromancer, de William Gibson. A premissa das histórias desse gênero é simples: Muitas máquinas, muito pessimismo e homens lutando contra o controle das corporações.

Final Fantasy tem tudo isso e mais: O grupo de Cloud também deve lutar pela preservação do planeta contra os reatores Mako. Essa face do enredo é mais ecológica e dá toda uma riqueza para a história completa.

Temos envolvimento pessoal com personagens carismáticos. Sephiroth é uma espécie de vilão quase cego e religioso. Cloud, Tifa e Barrett são carismático a ponto de você entender o universo apocalíptico em que vivem. Aeris é a donzela que é acometida pelo destino. E você provavelmente terá uma reação emocional com um determinado momento dela no jogo. Você se sensibiliza com um NPC dentro do game, o que é incrível.

Vale jogar, mesmo com gráficos fracos em relação ao PlayStation 4. Também vale assistir o filme baseado no game, chamado Final Fantasy VII: Advent Children. É um dos maiores clássicos dos videogames e um épico cyberpunk, certamente.

E você, concorda?

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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