Paul McCartney soube do assassinato de John Lennon apenas na manhã de 9 de dezembro de 1980, dia seguinte ao ocorrido. Sua reação ficou registrada no livro “A Batalha Pela Alma Dos Beatles”, de Peter Doggett, publicado originalmente em 2009 – três anos mais tarde no Brasil.
“No chalé de McCartney, em Sussex, ninguém ligara a TV ou o rádio; Linda McCartney levou os filhos do casal à escola, como de costume. Enquanto ela estava fora, seu marido conectou o telefone e soube que o parceiro de composições e então desafeto, o homem que marcara, por vezes dolorosamente, sua vida adulta inteira, estava morto”.
Minutos depois, a esposa voltou para casa. ‘Eu entrei com o carro’, ela lembrou, ‘e ele saiu pela porta da frente. Eu soube só de olhar para ele que algo absolutamente errado tinha acontecido. Eu nunca tinha o visto assim. Desesperado’.
Linda descreveu como ‘horrível’ o rosto dele. Então ele lhe contou o que ocorrera. ‘Eu revejo claramente’, disse ela depois, ‘mas não me lembro das palavras. Só consigo me lembrar da situação por imagens.’ Chorando e tremendo, o casal cambaleou para dentro da casa. ‘Era insano demais’, disse McCartney. ‘Tudo ficou borrado.’
Um ano depois, perguntaram a Paul McCartney como se sentira. ‘Não consigo lembrar,’ disse ele, apesar de conseguir, com clareza talvez excessiva. Reviveu as emoções clamorosas daquele momento: ‘Eu não posso expressar. Não posso acreditar. Era loucura. Raiva. Medo. Insanidade. Era o mundo chegando ao fim.’
Vacilando entre tristeza e irrealidade, começou a imaginar que também ele poderia tornar-se alvo de um assassino. ‘Ele começou a imaginar que poderia ser o próximo,’ disse Linda McCartney, ‘ou se não seria eu, ou as crianças, e eu não sabia mais o que pensar.’ ‘Era uma informação que você não conseguia assimilar,’ confirmou o marido. ‘Eu ainda não consigo.'”
John Lennon foi morto na entrada do edifício Dakota, prédio localizado a oeste do Central Park em Manhattan, Nova York. Responsável pelo crime, Mark David Chapman segue preso até hoje.
Em vários momentos, seus representantes tentaram apelos visando liberdade assistida. A mais recente aconteceu em fevereiro de 2024. Porém, até o momento, todas as tentativas não obtiveram sucesso.
Com informações do Whiplash.net.
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