Prey, desenvolvido pela Arkane Studios, disponibilizou uma demo para consoles nesta ultima quinta feira (27/04). Os donos de Xbox One e PS4 que baixaram os 13GB necessários para jogar a "primeira hora" do jogo finalmente tiveram acesso ao resultado de anos de especulação sobre um ciclo de desenvolvimento tão tumultuado e etéreo quanto os aliens Typhon encontrados a bordo a estação espacial abandonada Talos 1.
Minha primeira impressão ao levantar da cama como a Morgan Yu foi de experimentar controles muito aquém dos melhores títulos publicados pela Bethesda Software,o que é bastante preocupante se levarmos em conta que jogos como Dishonored 2 foram lançados nem um ano atrás. E eles traziam um conforto bem maior para o jogador pegar e arremessar objetos do dia a dia a lá Half-Life 2.
Depois de completar o tutorial e ser introduzido ao inimigo, de novo fui surpreendido ao desanimar com o combate na demo. Os Typhoon são uma forma alienígena capaz de se camuflar como qualquer objeto no mundo do jogo. São canecas, sapatos, bancos e cadeiras esperando você dar meia volta para dar um bote. Enquanto no papel isso parece uma ideia brilhante, na prática eu só transitava de um canto ao outro esperando o efeito sonoro me alertar a presença dos Typhoon para cogelar eles com a Glu Gun e depois esmagá-los com uma chave inglesa repetidas vezes.
Prey tem ótimas ideias, mas sua execução deixa muito a desejar. Suas aspirações a títulos como System Shock 2 e Bioshock apenas aumentam as expectativas para um suspense espacial que até então não me rendeu muito além de alguns poucos sustos e péssima mira.
Paulo Zambarda de Araújo é desenvolvedor de jogos, formado pela PUC-SP, e é professor de inglês.
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