Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Akira Toriyama, o criador de Dragon Ball e que bebeu de muitas referências até da história da China (ele conta a história de Mao Zedong por outros meios), mesmo sendo japonês, morreu no dia primeiro de março de 2024 e impactou o universo da cultura pop como um todo. O game Sand Land, lançado em 25 de abril de 2024, é uma bela homenagem ao falecido.
Tem tudo lá: Um Lucifer que lembra Dabura de Dragon Ball, o protagonista maravilhoso Beelzebub, um xerife que o convoca para uma jornada para recuperar água em um mundo devastado por guerras dos homens que arruinaram tudo.
E diabos que… bebem água!
(O melhor ainda é o personagem que é um ladrão e se veste de Papai Noel. Lembrei de Ratos de Porão na hora!)
Distopia clássica, a la Duna
Os diabos bebem água e a discussão é como conviver nesse mundo, que parece pior que o inferno. Em muitos aspectos, o enredo do game baseado em um mangá de 2000 lembra a obra de ficção científica de Frank Herbert, bem como outros clássicos do gênero.
A publisher Bandai Namco apostou em diálogos muito longos e em uma imersão completa nesse mundo, que conta com paisagens maravilhosas em um jogo de ação com elementos de RPG.
E é tudo muito lindo sem ser muito realista – os gráficos são vetoriais e simples.
Só diferencia de Duna pela presença maior de máquinas nas dunas de anime.
Jogabilidade repetitiva e alguns problemas de ritmo
Para além do mundo destruído, seu objetivo no jogo é derrotar os militares de uma ditadura, as máquinas, os escorpiões, os bichos de toda sorte que aparecem no caminho. Subindo de nível, o xerife e o demônio Beelzebub ganham habilidades e ficam mais fortes.
Mas o jogo não muda muito além disso.
É uma ótima homenagem a tudo o que Akira Toriyama fez, muitas vezes reaproveitando muitas de suas artes. Basta lembrar que esse gênio também participou de Chrono Trigger.
Esse jogo não brilha como Chrono. Mas é bem interessante em tudo o que ele se propõe.
Notas
- Gráficos: 9,5
- Jogabilidade: 6
- Som: 8
- Replay: 8,5
- Nota final: 8
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.