Resenhas

Elden Ring, uma resenha. Por Pedro Zambarda

Elden Ring é um mundo aberto deslumbrante que reúne as melhores características dos souls-like. Conheça o universo que se abre na busca do anel poderoso.

Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.

Não é exagero dizer que os minutos iniciais de Elden Ring, com a guerra pelo anel e o mundo mergulhado em desgraça e morte, pode ser descrito como um dos melhores e maiores momentos épicos da indústria dos videogames. Embora a história fique diluída dentro do jogo, você vê a escrita de George R.R.Martin nesses minutos.

Ele não é nada mais e nada menos do que o autor das Crônicas de Gelo e Fogo, que originaram a série Game of Thrones. Quando a abertura termina e você assume o controle do seu Maculado, customizado, que pode mudar as Terras Intermediárias na busca de refazer o Elden Ring atrás dos guardiões da Térvore, a árvore central do jogo.

Importante pontuar: Eu joguei Bloodborne (2015) no lançamento, mas nunca fui exatamente um fã de jogos souls-like. Sempre achei os jogos de Hidetaka Miyazaki absurdamente belos, mas difíceis demais de serem digeridos.

E mesmo com essa percepção, passei a interpretar Elden Ring como uma boa porta de entrada para esse universo. Ele reúne tudo o que fez sucesso em Dark Souls e Demons Souls, com algumas das mecânicas deliciosas de Sekiro e os aspectos narrativos obscuros de Bloodborne.

Parece tudo o que Miyazaki fez – batido em um liquidificador.

Elden Ring. Foto: Divulgação

Ande pelas Terras Intermediárias

Antes de “zerar”, “platinar” ou acabar com a experiência, Elden Ring parece um vinho a ser apreciado. Você pode avançar muito e morrer rápido, ou matar criaturas simples para ir melhorando seu personagem.

Com diversas classes, de samurai, passando por guerreiro, ladino e classe dos magos, cada escolha de aparência, de armas e de armaduras torna sua experiência única. E o cavalo torna a navegação mais dinâmica.

Embora você também possa agir de forma furtiva, evitando mortes desnecessárias – enquanto aprende a dominar os comandos de esquiva, ataque e uso dos itens.

Olhar para a Térvore principal é um deslumbre para seus olhos, assim como as árvores menores. E encontrar seus guardiões exigirá diferentes habilidades do seu personagem.

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Elden Ring. Foto: Divulgação

Cópia de The Legend of Zelda Breath of the Wild?

Voltando para as primeiras horas, incrível como o templo decadente e o seu personagem praticamente nu diante de um cavaleiro forte logo no primeiro momento lembram aquela experiência de Link contra Ganon em Breath of the Wild.

O design do mundo aberto das Terras Intermediárias também lembrou Hyrule. Mas chamar essas similaridades de plágio seria uma irresponsabilidade.

No entanto, é muito claro que um jogo acabou influenciando outro. E as pequenas cópias entre um e outro tornam a experiência muito proveitosa.

O mundo aberto de RPG de ação traz, além das paisagens grandiosas, cavernas, encostas, animais em um ambiente vivo, além dos zumbis que mostram como a desgraça se abateu sobre os seres humanos.

Elden Ring é um épico sombrio de fantasia que não sairá da sua mente tão cedo.

Elden Ring. Foto: Divulgação

Notas

  • Gráficos: 10
  • Jogabilidade: 10
  • Som: 10
  • Replay: 10
  • Nota final: 10

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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