Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
Em dezembro de 2021, saiu a edição comemorativa de 40 anos da revista Micro Sistemas, a primeira revista brasileira de microcomputadores. O Drops de Jogos foi autor de dois textos da publicação. A revista está à venda por R$ 119 no site da Bitnamic Software.
É caro? É. Mas é uma revista de 134 páginas de papel de alta qualidade focada no público retrô e com artigos sobre inteligência artificial e futuro. Os assuntos da publicação conversam com uma história já esquecida da computação e com o que está em desenvolvimento agora.
1 – Elden Ring, uma resenha. Por Pedro Zambarda
2 – Horizon Forbidden West, uma resenha. Por Pedro Zambarda
Falamos um pouco sobre os assuntos da edição, para você ficar por dentro e eventualmente adquirir a sua.
A revista teve mais de 20 colaboradores. Ela abre com um editorial de Renato Degiovani, lembrando que ele editou a publicação por 13 anos e como surgiu a iniciativa de recuperar a revista – com forte apoio de Filipe Veiga, que é da cena de games em Portugal, e de Marcus Garrett, documentarista da cena brasileira.
Em seguida, Garrett escreve sobre Graphos III em fita cassete ou disquete, que é um editor gráfico de MSX. O primeiro artigo de fôlego é um de página dupla de Degiovani com o mote “Como tudo começou”. Ele lembra da primeira edição da Micro Sistemas, de outubro de 1981, e como ela foi liderada pela jornalista novata Alda Campos.
Alda era filha do empresário uma loja de computação chamada Computique, primeiro no Rio de Janeiro e depois em São Paulo. Os dois não se falam mais, mas Degiovani tem mérito em recuperar toda a história – além do desenvolvimento do game Aeroporto 83 e o começo do pioneirismo dele na cena brasileira de jogos.
Renato Degiovani também faz um artigo técnico mais longo dos MS Games, com scripts de jogos da Micro Sistemas para o seu sistema TILT.net.
Divino Leitão também aborda os seus 40 anos de mercado, convivendo com figuras da cena nacional, enquanto Marcus Garrett reúne testemunhos sobre a revista Micro Sistemas. E Cláudio Costa e Degiovani também escrevem sobre o Graphos III – e Raul Tabajara também aborda o tema.
Tadeu Curinga da Silva escreve sobre o game Em Busca dos Tesouros e sua história três décadas e meia depois, mencionando também a matéria original da Micro Sistemas. Incidente em Varginha, jogo shooter brasileiro pioneiro, é tema de artigo de Filipe Veiga e Marcus Garrett.
Marcelo Juno Teixeira aborda os avanços da Inteligência Artificial 34 anos depois, enquanto Liliana Santos fala em entrevista sobre jogos pervasivos a serviço da ciência.
Robson França traz o código do jogo Lunártico, enquanto Leuman Orie-Bir fala do Pergaminho, um mapa de adventures do Brasil e de Portugal que tem grande atuação do próprio Renato Degiovani. É um trabalho de memória e de recuperação de jogos.
Filipe Veiga também dá seu adeus ao pioneiro Sir Clive Sinclair e Nancy Gaissionok escreve sobre o falecido artista Ota. Marcos Lazzeri escreve sobre o Datassette e a preservação da história da informática brasileira. Matheus Mazuqueli escreve sobre o jogo brasileiro O Rei do Cangaço. E os Nerd Monkeys, de Portugal, falam do seu trabalho como estúdio.
O trabalho de preservação e de museu de games também entram nos temas da revista.
Marcus Garrett escreve sobre seu documentário Loading, que ainda está em desenvolvimento, sobre “nossos primeiros jogos de computador”. E eu escrevo sobre a história do Drops de Jogos e do projeto Indie BR em 5, que abordou games brasileiros em 2020, com 366 vídeos.
A edição de 40 anos da Micro Sistemas deixa um trabalho série de memória da própria revista, da computação e da documentação de jogos eletrônicos no Brasil, incluindo o jornalismo de videogames.
Se você gosta de games retrô, a revista é para você.
Se você quer pensar o futuro dos games, lembrando de seu passado, a revista também é para você.
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