Por Paulo Zambarda de Araújo, colaborador do Drops de Jogos.
Depois de muito elogiar Unsighted, eu estava me preparando emocionalmente para mais uma vez ficar imerso na narrativa sáfica e ciberpunk tão presente no novo título do estúdio Pixel Punk: Abyss X Zero. Três estágios estavam disponíveis: um fácil (tutorial), um médio (mini-calabouço) e um difícil (Boss da Floresta) .
Com o tempo contado eu dei preferencia para o tutorial, que parece ser a primeira incursão em uma estação de polícia abandonada no meio da floresta.
Imediatamente os controles do primeiro jogo são transferidos para a terceira dimensão com a destreza e fluidez de quem sempre teve bastante contato com games como Dark Souls ou Sekiro. A arte original de Unsighted também retorna, com corredores pouco iluminados e inimigos ocultos pela escuridão, a atmosfera opressora e misteriosa segue destacando o games tão inspirado na estética de anime dos anos 90.
Embora o ritmo do combate siga intacto, novas camadas de jogabilidade se destacam no primeiro encontro. Agora o desafio não será só de tiroteios e brigas de espada, mas um sistema de durabilidade dos equipamentos estimula experimentar diferentes armas e estilos de combate.
Ao fim da demonstração um inimigo familiar dá as caras, claramente mostrando que certos combates não só podem mas devem ser evitados para garantir a sobrevivencia do jogador. Nessa fuga explosiva, todo aquele espaço explorado com cautela se transforma numa pista de obstáculos e tentáculos tentando impedir o acesso ao elevador que encerra a demo.
Abyss X Zero é a combinação de todos os acertos em Unsighted, agora realizados na terceira dimensão.
Resta saber se seu roteiro também será capaz de amarrar essas sequências do mesmo jeito que o romance trágico do primeiro jogo nos emocionou.
O jogo foi testado no Festival Jogatório.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.