Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos
Os anos de 1999 e 2000 foram definitivos para formar o começo da minha adolescência. No PlayStation e no PlayStation 2, eu joguei muito os títulos da série Tony Hawk. Vibrava com Bob Burnquist e tentava dar todos os especiais com Rodney Mullen (sim, eu era um cara que gostava mais de Manual e Street e menos do estilo vertical). Isso me fez, por um período breve da minha vida, arriscar andar de skate de verdade. Cheguei a me esborrachar na calçada e quase fui atropelado em uma dessas brincadeiras de moleque.
Dito isso, é revigorante rever a franquia nesse remake simultâneo de dois jogos para o PlayStation 4. É a mesma coisa de sempre? É sim. Mas tem a trilha sonora do falecido Chorão de Charlie Brown Jr. em português pedida pelos fãs através do Twitter. E tem um retrabalho com os elementos que consagraram o melhor simulador de skate para videogames, com as competições em três turnos, os veículos que podem machucar o seu atleta e a possibilidade de customização do skater também.
Letícia Bufoni, uma skatista da nova geração, também está presente para mostrar que esse esporte radical não é coisa somente de homens. E todos esses elementos são colocados de maneira divertida. Você pode, como eu, relembrar clássico primeiro Tony Hawk’s Pro Skater e intercalar com fases do segundo jogo – que é o meu favorito em termos de balanceamento.
Tudo isso junto com 21 skatistas com estilos muito diferentes e aquele rock hardcore tocando ao fundo.
Jogar esse remake foi como revisitar meus amigos de condomínio. A gente costumava jogar Tony Hawk, ver fitas cassete e DVDs dos skatistas e arriscar ralar o joelho na rua. Matei as saudades e não vi quase nenhum bug absurdo no game, exceto uma ou outra não-queda impossível.
NOTAS
Gráficos: 9,5
Jogabilidade: 9,5
Som: 9,5
Replay: 9,5
Nota final: 9,5
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Mesmo sendo um remake, o jogo é nostalgia pura. L