Drops de Jogos recebeu informações oficiais do Comitê Gestor da Internet. CGI.br lança Agenda de Gênero, Raça e Diversidade para estimular Internet mais inclusiva no Brasil.
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou nesta quinta-feira (9) a “Agenda de Gênero, Raça e Diversidade: Contribuições para inclusão e participação nas TIC”, uma publicação elaborada com o intuito de identificar obstáculos para a igualdade nas tecnologias e recomendar ações que contribuam para a melhoria de efeitos nocivos na sociedade, como seus aprofundamentos e reconfigurações no ambiente digital. O documento foi apresentado em evento durante a Semana de Inovação, promovida pelo Governo Federal, em Brasília e patrocinada pelo CGI.br e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Resultado de uma investigação sistemática sobre barreiras que impedem a plena participação de mulheres – em todas as suas diversidades – em áreas relacionadas à Internet, a agenda elencou 10 grandes desafios ligados ao tema e, para cada um deles, apresenta uma lista com propostas de ação.
A iniciativa foi desenvolvida ao longo de 2022 a partir do Grupo de Trabalho Gênero, Raça e Diversidade do CGI.br, criado para acompanhar o debate sobre desigualdades de gênero e a participação de outros grupos sociais historicamente excluídos das áreas da informação e comunicação (TIC), apoiando-se em ações capazes de contribuir com a redução dessas desigualdades e seus impactos na sociedade.
“O documento tem entre seus objetivos tornar-se uma inspiração para uma agenda de trabalho no tema, não apenas para o CGI.br, mas para instituições e atores do ecossistema da governança da rede interessados em construir uma Internet mais inclusiva e múltipla no país”, afirma Renata Mielli, coordenadora do CGI.br que abriu o evento.
Ela acrescenta que o documento se apoia nos Princípios para a Governança e o uso da Internet no Brasil, resolução construída pelo Comitê Gestor. “A agenda para a promoção da diversidade nas TIC surge a partir de valores como da universalidade, diversidade, liberdade, privacidade e direitos humanos”, destaca.
Construção coletiva
Os desafios e as propostas de ação presentes na publicação surgiram com base na avaliação de especialistas de diversas áreas ligadas à tecnologia e movimentos em prol da diversidade. A partir da realização de uma série de oficinas nacionais, consultas foram feitas com a participação de mulheres de todas as regiões do país, de diferentes perspectivas e realidades, além de uma oficina internacional, realizada virtualmente. Houve contribuições de organizações da sociedade civil, do setor empresarial, da comunidade científica e tecnológica e de agentes públicos.
Após a definição dos desafios, as oficinas se debruçaram na construção coletiva de propostas de ação que enfrentassem cada um deles. Esse esforço possibilitou chegar a uma lista com 248 propostas, posteriormente sistematizadas e sintetizadas.
“Relevante mencionar que todos os desafios tratam da problemática da desigualdade, considerando não apenas o recorte de identidade de gênero, mas suas interseccionalidades, como questão de raça, classe, etnia, idade, deficiência, entre outros aspectos que afetam a participação de considerável parcela da população nas tecnologias e impedem a construção de um ambiente mais plural e inclusivo no setor”, enfatiza Mielli.
Para rever o lançamento da “Agenda de Gênero, Raça e Diversidade: Contribuições para inclusão e participação nas TIC”, acesse: Link
A publicação está disponível em Link.
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (Link). Mais informações em Link.
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