Drops de Jogos recebeu informações oficiais da associação de devs. ABRAGAMES faz críticas às declarações de Lula sobre violência e jogos.
Imputar aos games a responsabilidade por atos violentos é se apoiar em um pretexto equivocado e leviano para justificar falhas que envolvem segurança pública, educação, economia, saúde e outras tantas atribuições do Estado. Dizer que “os jogos ensinam a molecada a matar” é, no mínimo, irresponsável e demonstra desconhecimento tão grande ou maior do que afirmar que “não tem game falando de amor, nem game falando de educação”. Os jogos falam de amor e de educação, assim como falam de cultura, de inclusão social, de diversidade, de superação, de respeito, de esporte e de tantos outros temas extremamente importantes e que nem sempre têm o protagonismo que deveriam ter na sociedade.
A Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), no papel de representante de mais de 130 estúdios nacionais de desenvolvimento de games, assim como cada associação regional espalhada pelo Brasil, acompanha, estuda e incentiva diretamente a indústria brasileira desse setor há quase 20 anos. Nesse período, o que não faltam são projetos incríveis, sensíveis e criativos que, pelas mãos de profissionais talentosos e dedicados, contam histórias únicas que transformam vidas (de quem faz e de quem joga) e ensinam a trabalhar em equipe, superar adversidades, tomar as melhores decisões e solucionar desafios.
Aliás, os principais estudos internacionais não revelam evidências de que os jogos induzem alterações neurológicas, psicológicas e/ou comportamentais e atos de violência. Pelo contrário, eles apresentam descobertas consistentes em relação a melhoras de habilidades cognitivas, com ganhos documentados em relação à velocidade de raciocínio, controle de atenção e memória. Mais do que isso, há diversos exemplos de jogos com objetivos diretamente relacionados à melhora da saúde, da educação e da socialização.
Os games encabeçam o crescimento da economia criativa global e só no Brasil empregam, diretamente, mais de 12.400 profissionais que atuam em mais de 1.000 estúdios. Se referir a um produto tão importante e transformador como “porcarias” é desrespeitar todo legado e todo o potencial intrínseco a ele. Como os filmes, as novelas, a música, os livros, as notícias, os esportes, os formadores de opinião e tantas outras referências, os games fazem parte de uma sociedade diversa e muito rica, onde os exemplos não podem ser tirados de contextos nem servir como desculpa para falhas estruturais e políticas públicas ineficazes.
Por fim, em um aspecto parece que todos concordam. “Somente assim a gente pode mudar o jeito de governar o Brasil: ouvindo quem sabe mais do que a gente”. A Abragames e as associações regionais se compadecem pelos recentes episódios violentos e, cientes de suas responsabilidades e deveres, estão sempre dispostas e disponíveis para abrir diálogo e contribuir com a criação de um ecossistema saudável de informações no que tange a indústria dos games. Mais do que isso, estão prontas para colaborar com diversos exemplos e projetos brasileiros que vão ajudar a combater a desinformação e a orientar famílias com relação ao desenvolvimento e consumo dos games por crianças e adolescentes.
1 – God of War Ragnarök: entre deuses e monstros. Uma resenha
2 – Opinião: Por que Punhos de Repúdio foi o game brasileiro que simboliza 2022 para mim?
ABRAGAMES (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos) e
Associações regionais (ABRING – Associação de Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos do Distrito Federal, ADJogos – Associação de Desenvolvedores de Jogos Digitais do Rio Grande do Sul, AGD – Amazonas Game Dev, AMAGAMES – Associação Maranhense de Desenvolvedores de Jogos, ASCENDE Jogos – Associação Cearense de Desenvolvedores de Jogos, GAMEGO – Associação Goiana de Produtores de Jogos, GAMinG – Associação dos Desenvolvedores de Jogos de Minas Gerais, Playnambuco – Associação Pernambucana de Games, PONG – Associação Potiguar Indie Games, RING – Associação de Desenvolvedores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro e SPJogos – Associação Paulista de Desenvolvedores de Jogos).
Vengeful Guardian Moonrider, uma resenha por Pedro e Paulo Zambarda
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Motorola Moto G62, uma resenha. Por Pedro Zambarda
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