O compositor musical e designer de áudio Paulo Bohrer, do estúdio brasileiro PixelHive, falou sobre seu processo criativo e a arte de fazer música para jogos com inspiração nos anos 90, a exemplo de Kaze and the Wild Masks, produção do estúdio prevista para ser lançado em 26 de março próximo1 para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Steam e Google Stadia.
Em uma entrevista disponibilizada no site da publicadora SOEDESCO, o artista compartilha suas inspirações para a produção musical do novo game e outras informações. Kaze and the Wild Masks conta com uma trilha sonora composta por melodias clássicas e ritmos cativantes, levando os jogadores ao saudosismo dos jogos de plataforma em pixel-art embalados pelos temas musicais da era dos 16 bits.
Confira alguns trechos da entrevista concedida:
“Sempre quis ter uma carreira onde pudesse combinar música e áudio para jogos. Quando eu era criança, por volta dos 7 anos, lembro-me de usar um gravador em frente à TV para gravar as músicas dos meus jogos favoritos e depois meu professor de piano aprendia de ouvido e me ensinava. Depois de terminar o ensino médio, frequentei duas universidades ao mesmo tempo – cursando música em uma e desenvolvimento de jogos na outra. Depois que me formei em música, fui me especializar em Produção Musical Digital para Games em San Francisco, na Califórnia”.
“A coisa mais incrível sobre música e áudio de jogos em geral é que eles são interativos por natureza. Você não pode pensar em música de jogo linearmente como você pensaria para outros tipos de mídia. A música deve reagir e se adaptar à mecânica do jogo e à direção do design do jogo. Você não pode prever o que os jogadores farão com o controle em suas mãos, então, como compositor, você precisa trabalhar em um conjunto de ‘regras de jogo’ para decidir como a música irá se comportar para manter a imersão dos jogadores”.
“Trabalhar em jogos retrô é muito diferente [de criar composições para os games dos tempos atuais]. A música em retrogames é sobre temas melódicos fortes acima de tudo. É sobre ter boa música para curtir como se você estivesse ouvindo uma trilha sonora linear mais tradicional. Às vezes, muito simples, direto e cativante. Para que funcionem bem, os temas musicais precisam ser pontuais, não cansativos e extrair a sensação correta do que está visualmente na tela”.
Confira a entrevista completa (em inglês) diretamente no site da SOEDESCO.
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