A maior aquisição da indústria de games no mundo foi barrada nesta quarta (26) por reguladores britânicos. A compra da Activision Blizzard pela Microsoft, que envolveria um montante de US$ 69 bilhões, foi vetada sob alegação de que a união entre as duas empresas poderia prejudicar a concorrência no segmento de jogos em nuvem.
Microsoft, fundada por Bill Gates, é fabricante dos consoles Xbox e mantém um serviço de assinatura na nuvem com enorme diversidade de jogos, o Xbox Game Pass. Activision, desenvolvedora de games, é criadora de títulos como o Call of Duty, World of Warcraft e Guitar Hero.
Na avaliação da Autoridade de Competição e Mercados (CMA), órgão regulador do Reino Unido, o negócio poderia resultar em preços mais altos para os usuários, menor oferta de games para os consumidores e menos investimento em inovação no segmento.
Essa instituição disse que suas preocupações não poderiam ser equacionadas com remédios, como são chamadas medidas determinadas por órgãos antitruste para minimizar danos à concorrência.
Um desses remédios que chegou a ser cogitado seria a venda do game Call of Duty. Outras medidas cogitadas pela CMA envolveriam promessas para permitir que rivais oferecessem o jogo em suas plataformas, algo que a Microsoft começou a fazer, mas a instituição concluiu que isso também não seria suficiente para assegurar a competição.
No esforço de obter a aprovação da transação, a Microsoft chegou a firmar, em fevereiro, acordo para levar uma série de jogos para plataformas concorrentes.
Esses games seriam disponibilizados para usuários do Nintendo por uma década. A empresa também assumiu o compromisso de disponibilizar seus jogos para o GeForce Now, serviço de games em nuvem da Nvidia.
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Brad Smith, vice-presidente do Conselho de Administração da Microsoft e presidente executivo da empresa, disse que o grupo “permanece comprometido com essa aquisição e que vai recorrer”.
A Activision disse em nota que a determinação “contradiz as ambições do Reino Unido de se tornar um pais atraente para negócios de tecnologia! e que a decisão é “um desserviço aos cidadãos britânicos”. Em email aos funcionários, seu presidente-executivo, Bobby Kotick, afirmou que a decisão “está longe de ser uma palavra final neste acordo”.
Com informações do jornal O Globo.
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