Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Após o lançamento do PC portátil Zeenix por R$ 2699 na pré-venda, o CEO da TecToy, Valdeni Rodrigues, tirou seu perfil no X/Twitter do ar após a publicação de uma reportagem detalhada neste Drops de Jogos sobre seus posts de militância política de extrema direita, preconceituosos, machistas e eventualmente com ataques à China.
O DJ salvou uma cópia de mais de mil posts, mesmo que ele tenha tirado seu perfil do ar. O Zeenix foi lançado como um white label do dispositivo da China Ayn Loki Zero. É importante lembrar disso ao ler esta reportagem.
O interessante é que o executivo Valdeni tem outro comportamento na rede social LinkedIn. No post de um ano atrás na rede profissional, o CEO da TecToy deseja “feliz ano novo chinês para amigos chineses e parceiros”. “Sucesso e prosperidade sustentados por paz e tolerância na família e nos negócios”.
Num outro post de LinkedIn, Valdeni Rodrigues faz campanha pelo outubro rosa, de combate e prevenção ao câncer de mama das mulheres, enquanto ataca as feministas e as fãs da primeira-dama Janja Lula da Silva no X/Twitter.
E há posts de Valdeni Rodrigues, nas eleições de 2022, “pelo Brasil em primeiro lugar”, propondo não discutir diferenças políticas e sim uma “união” no país.
Não parece ser o mesmo comportamento do executivo, que é pessoa pública, no X/Twitter, rede de Elon Musk, onde ele se sente a vontade para fazer sua militância bolsonarista de extrema direita.
Sinofobia
As origens da xenofobia com a China, chamado de sinofobia, remontam o século 19 e o império chinês, sobretudo as guerras do ópio e a grande humilhação que os chineses enfrentaram até a revolução no século 20. Esse preconceito com asiáticos e sobretudo com chineses voltou a ganhar força com o robusto crescimento da economia da China no século 21, gerida por um governo do Partido Comunista Chinês, mas aberta para acordos comerciais com potências capitalistas e com forte investimento industrial.
A pandemia da Covid-19 de 2020 até 2022 reforçou ainda mais globalmente o preconceito contra os amarelos, afetando diretamente países da Ásia. Mas a China foi uma das nações mais atingidas.
O discurso preconceituoso foi incorporado pela ideologia da extrema direita nacionalista, sobretudo com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, reforçando um mercado de fake news sobre a China em diferentes territórios.
No Brasil, são os bolsonaristas que adotam o discurso anti-China e pró-Estados Unidos.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Sério?? Quem dá bola pra o que esses CEOs falam nas redes sociais, a maioria é mais falso que político, e isso tem nome, “negócios”. Os interesses mudam assim como os discursos.