Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
A comunicação da Cipsoft no Brasil concedeu uma conversa de meia hora com os alemães fundadores da empresa, Benjamin Zuckerer e Stephan Vogler, este último já havia conversado com este Drops de Jogos. Falamos na área business da Gamescom Latam 2024 sobre Tibia, o MMORPG que fundou a empresa em 1997 com quatro desenvolvedores e é o RPG massivo online mais jogado no Brasil até hoje.
A empresa que começou com quatro estudantes e hoje tem cerca de 100 funcionários sempre jogou segura no mercado, apostando em um produto simples e bem-sucedido como Tibia, mas fez algumas apostas mais ousadas. Na pandemia, de olho na cultura cripto, lançaram LiteBringer, só que o jogo não se manteve. “Foi uma onda e colhemos aprendizados dela”, diz Vogler.
No Brasil, eles estão lançando Persist Online, de tiro em terceira pessoa, a la Fortnite e outros games, com zumbis – e em 3D. Tanto Vogler quanto Zuckerer estão empolgados com o novo MMORPG de mundo aberto desde Tibia, mas não escondem que são tratados “como rockstars no Brasil” por culpa do RPG de 97.
E Vogler abre o jogo sobre os layoffs, a demissão em massa na indústria de games e a situação de sua empres.
A indústria de games em geral está enfrentando tempos mais cascudos ultimamente. Está cada vez mais difícil para conseguir investidores em novos games. CipSoft tem sorte porque tem Tibia. Outros grandes estúdios tem problemas mais complexos. Espero que os ventos mudem e que a gente tenha tempos melhores.
Além do Brasil no topo da lista, Tibia tem a Polônia como segundo país de mais players. Também tem uma grande comunidade no México e em países da América Latina. Um fenômeno de décadas.
Confira a conversa em inglês.
Tibia. Foto: Divulgação
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Indústria de games está enfrentando tempos cascudos porque se entregou a lacração, e tudo o que a lacração toca é destruído.