Alice: Madness Returns, uma resenha. Por Mayara Fortin, colaboradora - Drops de Jogos

Alice: Madness Returns, uma resenha. Por Mayara Fortin, colaboradora

Faz muito tempo que tenho este game na minha biblioteca da Steam e resolvi jogá-lo depois de uma conversa com uns amigos sobre “jogos que te fazem chorar”. 

Foto: Divulgação

Bom, já vou adiantar que eu não chorei com Alice: Madness Returns, lançado pela Spicy Horse Games em junho de 2011. 

Não fiz isso porque a história não seja triste ou envolvente. Afinal eu fiquei incomodada com ela por algumas horas depois de tê-lo terminado e até fui dormir me sentindo um pouco atormentada.

Na verdade, acho que não chorei porque o jogo é macabro e não tem uma trilha sonora triste.

Para resumir em uma palavra o que eu achei da trilha sonora, do visual e da coisa como um todo: Perturbadora.

Alice no País das Maravilhas?

Os detalhes relevantes da obra literária, incluindo a Alice encolhendo e ficando gigante, além de alguns cenários, estão no jogo. Não me recordo de outros detalhes que ligam diretamente ao livro original. Por isso, achei o jogo sensacional. 

A ideia é que você é a Alice, uma garota órfã de Oxford, na Inglaterra. Ela está lutando contra si mesma e contra a própria loucura. E assim você entra em uma versão perturbadora de Wonderland onde você encontra os mais diversos personagens da imaginação da menina e aos poucos recupera pedaços de suas lembranças.

Trata-se de um esforço para entender e reconstruir a memória da noite em que sua família morreu quando sua casa pegou fogo.

Não quero estragar a surpresa de quem ainda não jogou, pois recomendo a aventura que te leva a descobrir a tão triste história da Alice.

Detalhes e coisas positivas

As roupas da Alice mudam em cada mundo, o que é um detalhe talvez bobo, mas que eu gostei demais porque ajuda a compor uma ideia com todo o ambiente e música. Os mundos também são lindos! E apesar de não existirem muitas armas (são apenas quatro), o jogo tem um balanço muito bom entre momentos de ação e exploração e as batalhas são um tanto violentas porém gratificantes.

Uma outra coisa que eu particularmente gosto muito em jogos, e neste eu encontrei bastante, são quebras na linearidade . Como assim?

No meio de uma fase posso encontrar uma arena, mudando completamente o ritmo do gameplay, ou de repente tenho jogar um “Guitar Hero” para abrir uma porta, um jogo de plataforma em 2D para passar uma determinada parte, entre outros “minigames” que eu vou deixar vocês descobrirem.

Sempre curto bastante este aleatório e eles são surpresas positivas.

Os problemas

Vi falhas com os gráficos. Diversas vezes tive que entrar no menu e habilitar ou desabilitar uma série de coisas porque o jogo começou a travar. Até aí, tudo bem, joguei no computador e de repente minha máquina não era tão boa assim, o que eu entendo. 

Minha implicância é por conta de que praticamente 85% do tempo o jogo estava rodando tranquilamente na qualidade máxima e só em algumas partes ele travava completamente e eu tinha que desabilitar tudo. Tive que descer para a qualidade mais baixa possível. Em seguida eu conseguia voltar para as configurações máximas e jogar por mais algum tempo sem ser interrompida pela necessidade de abrir o menu de configurações, novamente. 

Vale jogar?

Em poucas palavras, eu definitivamente recomendo para quem tem um gostinho por coisas macabras que não vão assustar e nem dar medo exatamente. Mas elas realmente tem potencial para incomodar bastante.

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Mayara Fortin é arquiteta por formação, viajou e viveu pelo mundo, do Leste Europeu aos Estados Unidos. Atualmente trabalha como Relações Públicas do Void Studios, de São Paulo, e do Astro Crow, da Flórida, e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende conseguir fazer reviews de tudo o que já jogou. Foi a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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