SPOILERS LEVES.
Por Pedro Zambarda, editor-chefe, com gameplay de Ana Lesnovski, do Meteoro Brasil.
The Last of Us Part 2 marcou 2020, o início da pandemia do novo coronavírus, com a morte de Joel Miller. A morte do protagonista do primeiro Last of Us primeiro marcou spoilers de internet. Depois afetou mesmo os jogadores. Agora, em 2025, pandemia já findada, revivemos o assassinato de Joel na televisão, nas séries, na HBO.
Death Stranding 2 On The Beach faz quase isso. Quase isso.
A primeira hora do game, além das paisagens de tirar o fôlego na fronteira entre América e México, a relação entre pai e filha, de Sam com Lou, também aponta para um encerramento feliz do universo que você uniu com entregas e encarando criaturas da morte, os BTs, as entidades praianas. Sam Porter Bridges parecia ter superado a sua própria imortalidade em Death Stranding, parecia ter criado uma relação de amor verdadeira para além do seu pai, Clifford Unger, o Cliff, que foi embora em uma tragédia.
On The Beach decide, numa decisão digna de thriller, simplesmente acabar com a paz do protagonista, acabar com sua família, colocar um boneco de ventríloquo como comentador da sua história, te colocar numa mistura de submarino de alcatrão e nave para ir rumo a um novo continente chamado Austrália. Abandonar o passado e ir construir outros futuros.
E mantém mistério sobre a mudança brusca em decisões que destruíram o psicológico do protagonista Sam Porter Bridges.
Por outro lado, apesar de mudar bruscamente o roteiro, Kojima é conservador com seu Samuel em gameplay. Os elementos do primeiro Death Stranding estão dinâmicos. Há mais combates. E o vilão Higgs, renascido, tira sarro do hippie Sam que esperava um mundo conectado e em paz.
Numa mensagem contra a extrema direita e Trump, Hideo Kojima nos diz para estar preparados para a guerra.

Sam e Lou em Death Stranding 1 e 2. Foto: Divulgação
Mesmo que a gente só queira a paz, o amor e quem nós amamos.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
