Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
Eu não tinha jogado Journey, game de 2012 da Thatgamecompany para PlayStation 3. Uma grande falha na minha carreira de jornalista, sobretudo que cobre indies. Acompanhei Kellee Santiago no SBGames 2014, quando ela veio ao Brasil avaliar jogos brasileiros. Vi algumas cutscenes e gameplay de Journey. Mas nunca tinha jogado.
Não peguei nem a onda de pessoas que jogaram o game no PlayStation 4 em 2015 e nem os players de PC e iOS em 2019. Liguei Journey num PlayStation 5 e só agora, em 2022. 10 anos depois.
Tenho dificuldades para zerar games ultimamente. Como a grande maioria dos grandes títulos é de mundo aberto, não é raro eu deixar um jogo pela metade. Journey é impossível. O ideal é que você o jogue do começo ao fim.
Apreciei jogos ‘irmãos’ de Journey. Joguei Rime, de 2017, logo no lançamento. Se Rime acerta na atmosfera parecida com Journey, ele peca na repetição de obstáculos e puzzles.
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Journey é sobre andar para frente. E andar em direção para a luz, para o cume da montanha, para os lenços vermelhos.
Os lenções abastecem a energia do nosso protagonista sem voz e os alertas chamam mais lenços, o que permite que o personagem voe. E essa dinâmica de Journey é excelente para relaxar.
E quando você se acostuma com o clima de deserto do jogo, ele te atira em abismo. Quando você está mergulhado no abismo e na escuridão, ele te coloca em torres para subir até a superfície.
E, mais perto do final do jogo, você têm que encarar a neve e o frio.
Journey é uma experiência de duas horas, impulsionada pela Sony desde 2012. E é, ao mesmo tempo, o melhor jogo indie, independente, que você precisa conhecer.
Trombei apenas com um jogador durante minha gameplay.
Mesmo que ele não seja um indie propriamente dito, ele moldou a estética do independente na década passada.
Baixe, jogue e experiencie.
Notas
- Gráficos: 10
- Jogabilidade: 10
- Som: 10
- Replay: 10
- Nota final: 10
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