Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
O Drops de Jogos recebeu uma cópia de Marvel’s Spider-Man Remastered, para PC, antecipada no final de julho da Sony. Jogamos o game quando era exclusivo para PlayStation 4, em 2018, numa viagem até Los Angeles, nos EUA, para cobrir a E3. É um privilégio enorme poder jogar esse port para computador em 2022 com lançamento previsto para 12 de agosto.
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E como está este jogo neste ano?
Ele está exatamente como sua versão de 2018. Mas sem os loadings chatos do PS4, um sistema antirreflexo mais otimizado para permitir o seu deleite gráfico – com direito a driver novo da NVIDIA para melhorar a sombra e a definição. Continua gostoso e simples balançar nas teias, embora esse esforço se torne repetitivo no terço final do game.
Há toda aquela diversidade de trajes, incluindo o cabeça-de-teia de Tobey Maguire, dos filmes do Tom Holland, e o traje do Aranha Escarlate. Aliás, o Scarlet Spider me lembra os tempos que eu consumi a grande, e tenebrosa, Saga do Clone nos quadrinhos canônicos.
A minha relação com Spider-Man é desde pequeno. Eu colecionei os gibis da Saga do Clone, comprei os VHS da série animada e tive contato com os gibis iniciais dos anos 1960. O Homem-Aranha que foi exclusivo do PlayStation e agora mergulha nos PCs traz todos os elementos para fãs.
E coloca o player numa espécie de “GTA do cabeça-de-teia”.
Você navega por Nova York no traje tradicional e vê uma história se construir em uma roupa mais high tech. E o enredo acerta ao deixar aberto para o jogador enfrentar bandidos que estão assaltando, atirando na polícia e roubando civis. Essas side-quests tornam-se repetitivas depois de um tempo. Mas enriquecem a experiência de exploração.
Além de enfrentar bandidos comuns, você pode fazer pesquisas para a Oscorp (a empresa de Norman Osbourn, que se torna vilão depois), tirar fotos de monumentos e cumprir até missões ecológicas, reduzindo gases estufa.
Isso dá direito a um cardápio gigantesco de trajes, ajuda o Homem-Aranha a ganhar experiência (bom elemento de RPG) e amplia a jogabilidade do game. Um “autêntico jogo tipo GTA”. Aquele mundo aberto esperto que é linear – mas permitindo que o player se divirta no processo.
O enredo desse Spider-Man começa bem, mas ele se perde no meio da história. Conta bem a história de Miles Morales e seu pai, um policial que tem um destino trágico (e o Spider-Man Miles Morales merece uma versão de PC). A Tia May, por outro lado, é uma personagem com pouco carisma pela importância que ela tem na vida do protagonista Peter Parker.
No enredo fraco, há os puzzles para solucionar problemas elétricos em dispositivos digitais. Você mexe na corrente elétrica dos aparelhos e isso consegue ser algo realmente chato de se encarar.
Mary Jane, a agora ex-namorada de Peter, tem um protagonismo interessante como jornalista. J.J. Jameson aparece em um podcast malhando o cabeça-de-teia. Yuri é uma policial interessante. E há a tropa privada da Oscorp, enquanto o Doutor Octopus está fazendo suas pesquisas de laboratório.
É uma história que reúne o melhor dos mundos do Homem-Aranha, mas não é nada desenvolvido.
O começo do game tem uma versão dublada em português satisfatória nas primeiras duas horas de jogo. Conforme você mergulha em Nova York, não é difícil ouvir frases no idioma inglês. Para um jogo de 2018, seria importante que essas falhas fossem corrigidas num remaster.
Mas o que você pode conferir nessa versão é a tirada das telas de loading e um jogo fluído. Não é um título que exige o máximo da capacidade de um PC Gamer deste ano.
No Reddit, imagens vazaram no Reddit em 5 de agosto, dias antes do lançamento. Elas mostram frames do Homem-Aranha rodando em monitores ultrawide, mostrando imagens de Nova York sem distorção. Essa material foi divulgado pelo site Video Games Chronicle.
Mesmo com algumas falhas técnicas, o título é um deslumbre visual. E é bom você saber os requisitos técnicos para rodar essa versão de PC muito bem.
Requisitos mínimos:
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