Em reunião realizada com autoridades na tarde desta terça (18) na qual era tratado o tema dos crimes cometidos nas escolas, o presidente Lula criticou games violentos, que, de acordo com ele, podem estar influenciando negativamente os jovens: “Nós temos que pensar o que que eu ensino pro meu filho dentro de casa”, disse Lula.
“Quando o meu filho tem quatro ano que ele chora, o que eu faço pra ele? Eu dou logo um tablet”. “Não tem jogo, não tem game falando de amor”, prosseguiu. “Não tem game falando de educação. Os games estão ensinando a molecada a matar, e, a cada vez, com muito mais mortes do que na Segunda Guerra Mundial”.
Na sequência, ele manifestou sua preocupação com a quantidade de jovens que se envolvem com jogos violentos: “É só pegar o jogo que essa molecada joga. É o meu filho, é o filho de cada um de vocês”, continuou o presidente. “É o meu neto, é o neto de cada um de vocês. Pode ser que tenha uma raríssima exceção que não faça isso, mas eu duvido que tenha um moleque de oito, nove, 10 ou 12 anos que não esteja habituado a passar grande parte do tempo jogando essas porcarias”.
Por fim, Lula credita o aumento de violência entre crianças e adolescentes também a essa prática, lembrando que as redes facilitam o contato dos jovens com pessoas ao redor do mundo:
“Hoje a molecada joga com gente de outro país, passam a noite jogando”. “E tudo isso resulta nessa violência no meio de crianças”.
A declaração não encontra lastro em pesquisas recentes sobre games, violência e educação.
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Em outubro de 2022, para um milhão de pessoas assistindo o Flow Podcast, Lula abordou a cartilha Lula Play, entregue no mês de agosto do mesmo ano por um grupo de profissionais do setor. O presidente, então candidato, afirmou que os games e a inovação tecnológica são ferramentas de viabilizar empregos.
Na cartilha Lula Play, a violência aparece no tópico de diversidade. Diz o seguinte:
“Criar um comitê de ética e direitos humanos para monitorar, prevenir e denunciar casos de violência, assédio e discriminação de qualquer tipo dentro do eSports e da indústria de jogos”.
“Estabelecer ações afirmativas para grupos sociais plurais e diversos e pessoas vulneráveis, vítimas de violência, em cursos Técnicos e Superiores de jogos digitais e áreas afins em IFs e UFs, especialmente na modalidade de educação a distância e/ou como atividades extensionistas”.
Gravei uma live sobre o assunto hoje. Se quiser saber minha opinião, veja.
Transparência: O Drops de Jogos assinou e ajudou a elaborar a cartilha Lula Play. Você pode saber mais detalhes aqui.
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