Segundo o G1, foi preso na noite de sábado (19) o último acusado por matar uma família após uma partida de RPG, jogo de mesa em que participantes interpretam personagens, em Guarapari, região Metropolitana de Vitória. O acusado, Mayderson Vargas Mendes, foi detido durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campos de Goytacazes, no Rio.
Mayderson Vargas e Ronald Ribeiro Rodrigues foram condenados a 65 anos de prisão pelo crime em regime fechado. Os dois jovens, que na época do assassinato tinham 21 e 22 anos, foram condenados por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, e impossibilidade de defesa das vítimas.
Os integrantes da família foram amordaçados, amarrados e dopados antes de serem mortos com tiros na cabeça. Foram ainda condenados por furto, por terem levado objetos da casa das vítimas. Os dois chegaram a ser presos após o crime, mas foram soltos três anos depois.
Ronald deixou o Tribunal do Júri, realizado em Guarapari, em 27 de junho de 2019, preso e algemado. Mayderson não compareceu ao julgamento e era considerado foragido. Os dois justificam o crime em torno de um jogo de RPG (Role-Playing-Game), em que o filho morto também estava participando.
Importante informar: Jogadores de RPG de mesa não são incentivados a cometer crimes. Os criminosos fizeram uma interpretação distorcida do jogo.
Mayderson foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro, às 19h40 de sábado (19), na BR 101, no Km 27, em Campos dos Goytacazes. De acordo com informações da PRF, os policiais estavam na região e desconfiaram das atitudes dos ocupantes de um Toyota Corolla.
Na abordagem e checagem dos passageiros, os policiais observaram que um dos ocupantes tinha contra ele um mandado de prisão em aberto.
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Ao consultarem a Polícia Civil do Espírito Santo, identificaram que o registro de ocorrência era relativo ao crime de uma família em Guarapari. Mayderson foi então conduzido para a Delegacia de Campos, onde permanecerá detido até que haja uma determinação da Justiça capixaba para que ele possa ser transferido para um presídio capixaba.
Pai, mãe e filho foram mortos no dia 26 de abril de 2005, na Praia do Morro, em Guarapari. As vítimas eram o aposentado Douglas Augusto Guedes, de 52 anos, a esposa dele, Heloísa Helena Guedes, de 42 anos, e o filho do casal, Thiago Andrade Guedes, de 22 anos.
Thiago era amigo dos acusados e também participou da partida, segundo o Ministério Público. A denúncia diz que Mayderson e Ronald estavam na casa da família, obrigaram as três vítimas a tomarem um sonífero e depois os mataram com tiros no ouvido.
A acusação afirma que os dois condenados foram à casa das vítimas para continuar um jogo de RPG que tinham começado uma semana antes.
Mayderson era amigo de Thiago (que foi morto com os pais) por três anos. Ele foi o primeiro a entrar na casa e foi recebido, porque já era costume frequentar o local.
Em seguida, Ronald chegou. No roteiro inventado pelos acusados, Thiago e a família deveriam morrer. Utilizando um revólver, eles renderam os pais de Thiago, amarraram as mãos do casal e os obrigou a tomar um sonífero. Em seguida, foram mortos com um tiro na cabeça.
Thiago também tomou o sonífero e foi morto com dois tiros na cabeça. Depois do assassinato, Mayderson e Ronald ainda fizeram saques com o cartão de Tiago e furtaram vários objetos da casa da família.
Na delegacia, de acordo depoimentos da época do crime, eles disseram que estavam vivendo uma fantasia e achavam que os membros da família não morreriam de verdade – usando o RPG como um álibi falso para cometimento dos assassinatos.
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