Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
Fizemos uma cobertura da BGS 2022 como não fazíamos há muito tempo. E conto aqui minhas impressões. Domingo costuma ser um dia infernal para a Brasil Game Show. Estava cheio neste domingo, mas haviam alguns “buracos”. A ausência mais sentida foi da Microsoft, que costuma trazer diferentes atrações, entre jogos novos e interação com o público.
Mas a falta da dona do Xbox foi compensada por uma Nintendo que tinha estações até de jogos indie brasileiros e o Nintendo Switch OLED para testes.
Nesta edição, resolvi dedicar o Drops de Jogos a cobrir algo que eu não cobria direito desde 2014 no TechTudo: os jogos independentes brasileiros na BGS. Naquela época, eu conseguia até entrevista com o Marcelo Tavares sobre o assunto.
Com o passar dos anos, passei a cobrir superficialmente e ouvi muitas reclamações dos desenvolvedores sobre o preço do espaço. O espaço continua caro, mas senti animação dos desenvolvedores, com jogos brasileiros até no estande do TikTok – como o Camp Wars do desenvolvedor Pedro Caxa.
TikTok é o site de vídeos da gigante chinesta ByteDance, que concorre com o YouTube.
QUByte estava com estande próprio. Pulsatrix Studios e seu jogo de terror Fobia também. No lançamento do documentário Loading, dias após o fim da BGS, Filipe Veiga da Bitnamic narrou que Renato Degiovani, pioneiro da indústria nacional, gostou de Fobia. Levou Degiovani para o estande, mas os criadores do game nacional não conheciam o trabalho do desenvolvedor de Amazônia.
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BGS 2022 teve jogo indie com estande próprio e até com o TikTok. Foto: Reprodução/YouTube
Mesmo com esse desconhecimento entre gerações, foi um bom encontro.
O BIG Festival ainda é o evento de referência para jogos independentes brasileiros. Mas, se não se mexer, pode perder espaço pra BGS, que ainda concentra cerca de 300 mil visitantes em seus dias mais lotados.
É um evento de referência internacional, com um foco específico para o consumo. Três vezes maior, em público, do que uma E3.
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