Game brasileiro Master Lemon ganha o Games For Change América Latina Award - Drops de Jogos

Game brasileiro Master Lemon ganha o Games For Change América Latina Award

PoN: A Ilha dos Tatus, da Ilex Games, também foi premiado

Game brasileiro Master Lemon

Game brasileiro Master Lemon. Foto: Reprodução/Vimeo

Drops de Jogos recebeu informações oficiais. Game brasileiro Master Lemon ganha o Games For Change América Latina Award. Texto é de 21 de novembro. Publicamos agora. Confira.

A etapa competitiva do X Festival Games for Change América Latina colocou oito projetos concorrentes, em fase de desenvolvimento ou já no mercado, para disputar o “G4C América Latina Award” na competição “Pitch for Change”, realizada em modo remoto durante a tarde do domingo, 21 de novembro. “Master Lemon”, da Pepita Digital, ganhou o grande prêmio (https://vimeo.com/766047604/ec56bef3e9).

O game ainda está em desenvolvimento e tem como propósito estimular o auto-conhecimento, a aprendizagem de línguas e a estimulação da memória (a íntegra da disputa com 3 horas de duração está disponível no canal da Games for Change América Latina no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=3c_84SUgjeQ).

Foram concedidas outras duas premiações: na categoria “Impacto” houve empate entre “PoN: A Ilha dos Tatus”, do estúdio de desenvolvimento de games brasileiro Ilex Games (https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ilexgames.pon&pli=1) e “demonumentaRA”, um projeto coletivo de imersão virtual realizado por Luis Felipe Abbud a partir de ideias da artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Ubanismo (FAU) da USP, Giselle Beiguelman, apresentada no “pitch” de 15 minutos por (http://demonumenta.fau.usp.br/tag/giselle-beiguelman/). Na categoria “Criatividade”, o prêmio também foi para “Master Lemon”.

Integraram a Comissão Julgadora Lucas Machado (Games for Change América Latina, filósofo), Pedro Bolle (Instituto de Estudos Brasileiros, IEB-USP), Daniel Gatti (PUC-SP), Luca Morini (Disruptive Media Learning Lab, Universidade de Coventry, Inglaterra), Arthur Galamba (Faculdade de Educação, King´s College, Londres), Ernane Guimarães Neto (Rede Brasileira de Estudos Lúdicos), Rafael Correa (Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental (LaPICC-USP), Vinícius Rodrigues Vieira (FAAP) e  Yan Tibet (Doutorando no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, FFLCH-USP e Pesquisador-Visitante do Mediadesign.Hochschule em Berlim).

Foram 8 finalistas que incluem projetos de criação de NFTs em parceria com povos indígenas da Amazônia latino-americana e dois protótipos desenvolvidos por estudantes durante a “Cross-Cultural Impact Jam”, realizada em novembro pela Games for Change em Nova York com a parceria do capítulo latino-americano da rede e da empresa “UNITY”, a mais importante desenvolvedora de softwares para criação de games e, cada vez mais, filmes e outras possibilidades no campo dos mercados audiovisuais, aquecidos pela onda do metaverso.

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Game brasileiro Master Lemon

Game brasileiro Master Lemon. Foto: Reprodução/Vimeo

“O Festival insiste na ênfase em games com criatividade e impacto transformador com alta qualidade estética e audiovisual”, explica o presidente da G4C América Latina, Gilson Schwartz. O líder da rede G4C na União Europeia, Jean-Michel Blottière, deu ênfase à diferença entre jogo transformador e jogo sério. “Não se trata de criar jogos para treinar enfermeiras ou cirurgiões cardíacos remotos, mas de buscar um forte impacto social, cultural e ético que vai além do propósito sério, por exemplo, de treinar um trabalhador”, afirma. “Com a crise climática, a pandemia, as migrações e guerras, as empresas, os governos e os cidadãos começam a perceber a diferença e a urgência de jogos criativos que nos ajudem a mudar hábitos, ser mais tolerantes ou empáticos com outras pessoas, coisas e o próprio meio-ambiente”, conclui Blottière.

Os jogos premiados atuam diretamente sobre essas prioridades na agenda da rede “Games for Change” na América Latina. “Master Lemon será jogado para uma multiplicidade de propósitos, mas tenho muito presente que se trata de uma imersão voltada a animar o fortalecimento da auto-estima em crianças e adolescentes, num momento de ampla e grave crise de saúde mental infanto-juvenil em todo o mundo”, explica Júlio de Santi, CEO da Pepita Digital e criador do jogo. “Entendo que a validação da proposta pela Comissão Julgadora do Festival G4C América Latina traz força ao projeto, facilitará a captação de investidores e patrocinadores para que o game seja concluído em julho de 2023”, segundo de Santi. O projeto já recebeu investimentos de US$ 100 mil e a meta é captar mais US$ 200 mil para lançar o game em português, espanhol, inglês e francês.

A quarta edição da competição “Pitch for Change” oferece aos vencedores uma conexão imediata à plataforma global de captação de investimentos em inovação “Trampoline” (trampoline.network). É uma aceleradora de investimentos com forte ênfase em desenvolvimento humano e inovações de impacto em ciência e tecnologia pela sustentabilidade.

O game “demonumentaRA” é de autoria coletiva, ressalva Luis Felipe Abbud. O ponto de partida é uma intervenção artística e política sobre monumentos, usando tecnologias de realidade aumentada e “gamificando” a relação dos cidadãos com os monumentos da cidade. “Fizemos ações que lembram o Pokemon Go envolvendo a estátua do Borba Gato e houve hostilidade por parte de quem achava que era uma forma digital de afetar a simbologia dos bandeirantes, com ameças mesmo”, revela Abbud.

“PoN” ou “A Ilha dos Tatus” é um jogo fortemente voltado à busca da preservação ambiental, já está disponível para download e lança agora um “kit” para que professores possam usar o jogo em processos educacionais, principalmente no Ensino Fundamental e Médio. O jogo é resultado de uma iniciativa do “Brazil-European Spaces of Culture” e na sua origem remonta a mitologia nórdica adaptada para jogo de tabuleiro a partir das ideias de um filósofo francês (Bruno Latour, morto recentemente) e convertida em game pelo estúdio brasileiro “Ilex Games” (https://www.danishculture.org.br/pon-ilha-dos-tatus/).

“A mecânica do jogo mobiliza tanto a ação antropomórfica de tatus contra robôs quanto um reconhecimento por parte de cada tatu-jogador de suas habilidades num jogo de sobrevivência”, detalha Marcelo Rigon, CEO da Ilex Games (https://br.linkedin.com/in/mrigon).

Para o presidente da Games for Change América Latina, Gilson Schwartz, que é professor de Produção de Games no Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola da Comunicações e Artes (ECA) e no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP), a realização da décima edição anual do Festival e da quarta rodada de “pitching” com desenvolvedores e “start-ups” representa uma oportunidade para o empreendedorismo e a inovação na área social com alto potencial de internacionalização.

“Conectar estudantes, artistas e desenvolvedores de games ao mercado internacional, a novas possibilidades de monetização e captação de investimentos é uma missão possível, necessária e proposital em todos os capítulos regionais da rede Games for Change.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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