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John Romero tem 55 anos, é designer de jogos e programador. Faz games desde 1980 e começou a publicar em 82, trabalhando em um Apple II. Influenciado por clássicos da Capcom, como Street Fighter, e pelo trabalho de Shigeru Miyamoto, das franquias The Legend of Zelda e Mario, Romero investiu mais de uma década até fazer sucesso.
Da Softdisk e de jogos menores, ele criou com amigos, sobretudo um gênio chamado John Carmack, a id Software. Doom chegou em 10 de dezembro de 1993 e completou 29 anos em 2022. Foi inspirado em Wolfenstein 3D de 1992, que foi publicado pela Apogee Software, a futura 3D Realms, de Duke Nukem e Prey.
Doom revolucionou a indústria. Pela violência. Por ser um jogo de tiro em primeira pessoa com um “fake 3D”, uma sobreposição gráfica que dava a sensação de três dimensões. Pela quantidade de mods e pelo cultivo da comunidade gamer que Romero entendeu ser essencial com o tempo. O jogador poderia criar seus próprios estágios e ele próprio, John Romero, continua a atualizar o game até hoje.
Romero também fez Doom II: Hell on Earth (1994), Final Doom (1996), Quake (1996), Doom 64 (1997), Daikatana (que foi um desastre, em 2000) e Empire of Sin (2020). Mas o catálogo de John Romero é grande, com centenas de games desenvolvidos. Grande e pequenos. E ele permanece trabalhando nesse setor, ao lado da esposa, Brenda Romero, com quem ele está casado desde 2012.
O primeiro Doom foi seu 90º jogo.
Doom 3 (2003) ele não fez – e isso até virou meme. A franquia Doom vendeu mais de 10 milhões de cópias globalmente em apenas dois anos de lançamento.
Passou por id Software, Ion Storm e hoje está na Romero Games.
Já John Carmack, seu co-autor em Doom, foi para a Oculus VR e está envolvido com realidade virtual.
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O livro de referência sobre a história de Romero e Carmack era Masters of Doom: How Two Guys Created an Empire and Transformed Pop Culture (2003), escrito por David Kushner, jornalista que colaborou para publicações como WIRED, The New York Times, Rolling Stone, SPIN, IEEE Spectrum e Salon. Kushner pesquisou histórias sobre desenvolvimento de jogos.
Para aprofundar as histórias, John Romero pretende lançar sua autobiografia no ano que vem. Doom Guy: Life in First Person estava pré-agendado para 10 de janeiro de 2023 e foi adiado para 18 de julho. Você pode comprar esse novo livro, em pré-venda, aqui.
Visando divulgar melhor seu livro, Romero concedeu uma entrevista rápida e exclusiva ao Drops de Jogos.
Leia a conversa.
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Drops de Jogos: Você lançará sua autobiografia em 2023. Além do Doom Guy, id e outras histórias mais antigas, podemos esperar suas impressões sobre Daikatana e outros projetos?
John Romero: Sim, certamente vocês podem esperar histórias assim.
A autobiografia abrange Daikatana e Ion Storm extensivamente. É uma autobiografia e, portanto, cobre tudo na minha vida, desde o nascimento até agora.
DJ: Você é fã de World of Warcraft e de títulos da Activision Blizzard, e RPGs. O que você acha de World of Warcraft Dragonflight e outros retornos de clássicos em Warcraft?
JR: Ainda não joguei Dragonflight, mas adoro que o jogo ainda esteja forte 18 anos depois. O retorno do modo clássico foi legal.
DJ: O que você acha de jogos independentes, os indies? O que você acha de jogos indie e jogos como Scorn?
JR: Os jogos independentes são a força vital da indústria. Eu apoio totalmente todos os jogos indies. Mesmo que Scorn seja extremo, é ótimo que alguém realmente tenha feito esse game.
DJ: Você disse ao jornal O Estado de S. Paulo, do Brasil, que ‘ninguém deveria ter armas‘, mesmo sendo o criador do maior jogo de tiro da história. Você está satisfeito com a derrota política de figuras como Donald Trump ou outros políticos de extrema direita?
JR: É claro.
DJ: Você está trabalhando em um novo título FPS com Unreal Engine 5. O que podemos esperar sobre a história e a mecânica deste título? Será um jogo de ação? Um jogo com temas de RPG e FPS? Alienígenas? Monstros?
JR: No momento, não posso divulgar mais informações sobre o jogo. Desculpe!
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