O que Boulos falou na reunião com o comitê Lula Play - Drops de Jogos

O que Boulos falou na reunião com o comitê Lula Play

Detalhes sobre o encontro

Guilherme Boulos na reunião com o comitê Lula Play

Guilherme Boulos na reunião com o comitê Lula Play. Foto: Divulgação/Drops de Jogos

Por Pedro Zambarda, editor-chefe.

A reunião no escritório de campanha do candidato a deputado federal Guilherme Boulos começou com um leve atraso, perto das 13h desta quinta (15). Estavam presentes, entre os signatários da cartilha Lula Play: Allan Richard da Luz (professor de Design de Games), Érika Caramello (CEO da Dyxel Gaming), Erick Santos (advogado e doutorando pela USP), Anderson do Patrocínio (advogado e podcaster do Holodeck Design) e este que vos escreve. O YouTuber Carlito Neto, do canal O Historiador, também foi convidado.

Introduzi os principais pontos da cartilha e pedi para que Érika explicasse como foi construído o documento desde maio, através de um convite do Instituto Lula. Boulos nos ouviu por 40 minutos, com intervenções construtivas de Anderson e de Allan Richard. E o candidato fez duas perguntas: Qual realidade desse mercado e como o comitê poderia resumir a cartilha.

A equipe que assessora Guilherme Boulos entende a importância do mercado de videogames, tanto que utilizam seus recursos na campanha com jogos de divulgação. Mas ele próprio se surpreendeu com a Pesquisa Game Brasil (PGB) indicar que a maioria do mercado consumidor é mulher, negra e consumidora de jogos para celular.

Seguindo o marketing da própria indústria, Boulos imaginava que o jogador padrão fosse homem e branco. E pediu mais detalhes sobre a realidade do mercado para além do marketing. Perguntou por qual razão esse setor enfrenta uma crise mesmo com os acenos que Bolsonaro e a extrema direita fazem a esse mercado.

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Guilherme Boulos na reunião com o comitê Lula Play

Guilherme Boulos na reunião com o comitê Lula Play. Foto: Divulgação/Drops de Jogos

Érika Caramello fez uma longa e detalhada explicação sobre o corte nos incentivos públicos, a crise econômica e a falta de capacidade das universidades. Esse quadro resulta em estudantes de jogos que criam games majoritariamente para o exterior, provocando uma fuga de cérebros, de empresas até pesquisas que são mais rentáveis em países desenvolvidos. E complementou, com falas de Allan Richard, que o estudante de classe mais pobre que se forma em games não possui incentivos para atuar na área dentro do país.

Boulos também entendeu que essa proposta precisa ser melhor apresentada para mais políticos do campo progressista, considerando a forte atuação da extrema direita pela redução da ação do Estado no setor.

Encerrou a reunião afirmando que tem o compromisso de ler a cartilha para melhor articular propostas no campo parlamentar.

x.x.x.x.

Transparência: O Drops de Jogos assinou e ajudou a elaborar a cartilha Lula Play. Você pode saber mais detalhes aqui.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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